Apenas 12 setores tiveram avanço

Leia em 2min 10s

De acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE, de maio para junho, 12 dos 27 ramos investigados registraram avanço na produção, com destaque para os setores de outros equipamentos de transporte (12,5%), farmacêutico (8,6%) e de veículos automotores (3%). Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (3,3%) e perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (3%).

Recuaram os setores de borracha e plástico (-5,7%), indústrias extrativas (-2,2%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (-10,9%), edição, impressão e reprodução de gravações (-2,6%), minerais não metálicos (-2,4%), alimentos (-0,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%) e produtos de metal (-2%).

Na comparação com junho de 2011, 19 dos 27 setores registraram queda na produção. Mas o IBGE faz uma ressalva de que neste ano, o mês teve 20 dias, teve um dia útil a menos que igual mês do ano anterior.

Com destaque para a queda do setor estímulos automotores, que recuou 17,9%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhões, caminhão-trator para reboques e semi-reboques, chassis com motor para ônibus e caminhões, veículos para transporte de mercadorias, motores diesel para caminhões e ônibus e autopeças.

Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de alimentos (-9,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-22%), metalurgia básica (-6,5%), máquinas e equipamentos (-5,1%), borracha e plástico (-8,7%), edição, impressão e reprodução de gravações (-8,1%), fumo (-22,6%), minerais não metálicos (-6,6%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,9%).


Histórico - Apesar do crescimento de 0,2% na passagem de maio para junho, a produção industrial está em um patamar bem abaixo do seu histórico. A taxa está 5,6% abaixo do ponto mais alto da série, iniciada em 1991, que foi registrado no fim do primeiro trimestre do ano passado, informou o gerente da Coordenação do(IBGE, André Macedo, durante a apresentação da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF).

Macedo acredita que as medidas do governo de incentivo ao consumo e estímulo à produção não explicam diretamente o crescimento da indústria no mês, após três meses consecutivos de queda. Os efeitos das medidas podem ser sentidos nas estatísticas relativas às vendas, mais do que na produção, o que pode ser um indicativo de que o momento é de queima de estoque, mais do que de alta da produção.



Veículo: Diário do Comércio - MG


Veja também

Minas pode crescer acima do país

Governo faz projeção com base no resultado do 1º trimestre mas economistas estão mais cé...

Veja mais
Gaúchos estão mais receosos em consumir

O levantamento da Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF-RS), feito pela Fecomé...

Veja mais
Investidor externo aposta forte na indústria

O câmbio, que barateou a compra de ativos no Brasil, e o mercado consumidor ainda robusto atraíram o intere...

Veja mais
Consumidor sentirá menos alta de preços

O mercado já vive um momento de maior atenção em relação à inflaç&atild...

Veja mais
Dólar sobe à espera de intervenção do BC

Os eventos domésticos continuam preponderantes na formação da taxa de câmbio. A melhora exter...

Veja mais
Preços sobem forte no atacado e indicam mais pressões para o IPCA

O impacto das quebras de safra nos Estados Unidos sobre os preços de grãos e o reajuste de combustí...

Veja mais
Indústria de alimentos não sofreu retração

Faturamento do setor em maio cresceu 9,69%.O mau desempenho da indústria observado nos primeiros meses do ano n&a...

Veja mais
Exportadores usam 'novo' câmbio para recuperar margem

As empresas exportadoras aproveitaram a mudança de patamar do câmbio para aumentar a margem de lucro nas ve...

Veja mais
Brasil é o 4º país mais caro, aponta Índice Big Mac

Pesquisa da revista 'The Economist' mostra que a moeda brasileira está sobrevalorizada em 31% ante o dólar...

Veja mais