Quase metade dos brasileiros pretende gastar menos no Natal

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País está na contramão de outros países latino-americanos, onde 73% vão manter ou aumentar gastos


Enquanto os brasileiros se preparam para um Natal mais magro que o de 2011, os consumidores dos demais latino-americanos festejam a melhoria das condições financeiras e devem gastar mais. Quase de metade (42%) dos consumidores do Brasil pretende reduzir os custos dos presentes de Natal neste ano, segundo pesquisa da consultoria Deloitte. Nos demais países da região, no entanto, o estudo aponta um percentual bem menor de pessoas dispostas a economizar: apenas 27%.

— É possível concluir que os consumidores estão planejando suas despesas de final de ano e estão mais cautelosos quanto a dívidas futuras — afirma Reynaldo Saad, sócio-líder da Deloitte na América Latina para a indústria de bens de consumo e varejo, em comunicado.

Os resultados gerais, segundo a empresa, têm a ver com a confiança na estabilidade da melhora econômica: para 61% dos entrevistados, a situação financeira familiar é igual ou melhor do que no ano passado, e 52% consideram que seu posto no mercado de trabalho está garantido nos próximos meses.

Consumidor vai destinar R$ 350 aos presentes

A “Pesquisa de Natal 2012 - Intenções e expectativas do consumidor latino-americano” da Deloitte ouviu 3.000 pessoas entre 1º e 8 de novembro, em cinco países: Brasil, Argentina, Chile, México e Colômbia.

Os entrevistados comprarão, em média, cinco presentes, com custo médio de US$ 35 (R$ 70) cada, total de US$ 175 (R$ 350). A maioria (70%) deverá pagar em dinheiro; os cartões de crédito responderão por 42% das transações.

Saad destacou o impacto das compras pela internet, que serão feitas por 61% dos consumidores latino-americanos, e também oferecem a possibilidade de preços mais baixos. No Brasil, é febre entre os jovens, faixa na qual o percentual de compradores online chega a 84%. A pesquisa também mostra que os smartphones e tablets também estão sendo incorporados no planejamento e serão utilizados por 33% dos entrevistados para pesquisar preços e realizar as compras.

— Nos últimos anos, a América Latina se tornou um continente com grande contingente de pessoas de classe média, com poder de compra e mais acesso à internet. Estão, portanto, mudando seus hábitos e passando a comprar online com mais frequência. Se considerarmos o público jovem, este número é ainda maior, já que eles utilizam a internet diariamente — analisou Saad.



Veículo: O Globo - RJ


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