De acordo com a pesquisa de ICF (Intenção de Consumo das Famílias), divulgada hoje pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), a disposição das famílias brasileiras para o consumo caiu em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2012.
O índice teve queda de 3,8% na comparação anual, registrando 135, 6 pontos.
Mesmo assim, na comparação mensal, a ICF apresentou alta de 0,4% em relação a janeiro de 2013, fazendo com que o resultado permanecesse acima da zona de indiferença (100,0 pontos), o que indica um nível favorável de consumo.
A manutenção de um nível elevado de endividamento e de inadimplência e a aceleração mais forte dos preços influenciaram negativamente o resultado da ICF, de acordo com a pesquisa.
O menor otimismo quanto ao mercado de trabalho também impediu um aumento da confiança das famílias no período.
"A extensão do ritmo mais lento da atividade ainda vem comprometendo a confiança em relação ao mercado de trabalho, mitigando um maior otimismo por parte das famílias", afirmou o economista da CNC Bruno Fernandes, em nota.
Fecomércio-SP
O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) da capital paulista subiu 3,3% neste mês em comparação com o mês passado, segundo a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), em pesquisa divulgada hoje.
O índice passou de 160,6 pontos para 165,8 pontos, numa escala que varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total).
Segundo a entidade, a melhora se deve à estabilização do desemprego em níveis historicamente baixos, o que tem sustentado o crescimento da renda dos trabalhadores.
Nesta época do ano, também é comum o aumento real na remuneração, quando entra em vigor o reajuste do salário comum.
Metodologia
O ICC é apurado mensalmente pela Fecomércio desde 1994. Os dados são coletados junto a cerca de 2.100 consumidores no município de São Paulo.
O objetivo da pesquisa é identificar o sentimento dos consumidores levando em conta suas condições econômicas atuais e suas expectativas quanto à situação econômica futura.
Os dados da pesquisa servem como um balizador para decisões de investimento e formação de estoques por parte dos varejistas, bem como para outros tipos de investimento das empresas.
Atualmente, o índice da Federação é usado como referência nas reuniões do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), responsável pela definição da taxa de juros no país, a exemplo do que ocorre com o aproveitamento do CCI pelo Banco Central.
Veículo: Jornal do Commercio - AM