Aprovada a ampliação de setores desonerados

Leia em 2min 20s

Indústria gaúcha de implementos agrícolas será uma das beneficiadas

A Comissão Mista responsável pela análise da Medida Provisória 601/12, que trata da desoneração da folha de pagamento, aprovou ontem o parecer do relator, senador Armando Monteiro (PTB-PE). Foram incluídos novos setores entre os que recebem os benefícios fiscais da desoneração da folha de pagamento prevista no Plano Brasil Maior. Para incentivar a iniciativa privada a auxiliar o Estado na redução dos danos da estiagem prolongada no Nordeste, o relatório de Monteiro estabelece ainda que as despesas necessárias à construção de cisternas sejam dedutíveis do imposto sobre a renda apurado nos anos de 2013 e 2014 pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real.

Armando Monteiro acatou uma emenda que permite a compensação com débitos próprios do contribuinte relativos a tributos federais ou o ressarcimento em dinheiro de crédito presumido da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins gerados na cadeia de exportação de café. “Trata-se de medida que dá ao café o mesmo tratamento tributário oferecido às carnes bovina, suína e de frango e à laranja”, explicou Monteiro.

Também foi incluída emenda desonerando do PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre máquina e implementos agrícolas não autopropulsados (como arados, grades, semeadeiras, adubadeiras). Outra alteração desonerou essas contribuições incidentes no açúcar refinado, para diminuir a carga tributária incidente sobre produtos da cesta básica.

Para a indústria de implementos agrícolas, o benefício aliviaria os 9,25% de PIS/Cofins (1,65% e 7,6%, respectivamente) que incidem sobre a produção, medida importante para o fomento à indústria do segmento. Com a desoneração,  o setor no Rio Grande do Sul deverá ser diretamente contemplado com a redução dos seus custos de produção, melhorando sua competitividade nos mercados interno e externo. Ao lado de São Paulo, o Estado é o principal produtor de implementos agrícolas do País.

Foram incluídos entre os produtos e serviços com alíquota a 1% os setores: montagem e desmontagem industrial e da área de refratários; comércio varejista de artigos de óptica; castanha de caju; comércio varejista de produtos farmacêuticos; os setores de adesivos, triciclos, patinetes, carros de pedais e outros brinquedos semelhantes com rodas, bonecos com mecanismo a corda ou elétrico e suas partes e acessórios; pescados salgados; preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes das plantas; gorduras do porco e gorduras de aves; pedras preciosas; equipamentos médicos ainda não contemplados; pré-moldados de gesso; balas, confeitos e gomas de mascar, chocolate branco; armas não letais; produtos do setor gráfico; e computadores portáteis (notebooks). Segundo o relatório, empresas de segurança privada, agências de publicidade e de comunicação e empresas de promoção de vendas, marketing direto e consultoria em publicidade também serão atendidas com a medida a partir de 2014, mas com alíquota de 2%.



Veículo: Jornal do Comércio - RS


Veja também

Brasileiro vai dirigir comércio mundial

Vitória de Roberto Azevêdo sobre mexicano na disputa para liderar a OMC será formalizada hoje em Gen...

Veja mais
"Guerra fiscal" entre Estados tem situações bem distintas

Regra do Senado deveria valer para todas as operações de importação LUÍS EDUARDO SCH...

Veja mais
Governo pode desistir de reforma no ICMS

Em derrota para Sul e Sudeste, comissão do Senado modifica alcance de alíquota, o que desagradou governo D...

Veja mais
Que política industrial é essa?

EUA, União Europeia e Japão questionam a política industrial brasileira, considerada discriminat&oa...

Veja mais
Crises afetam o comércio mundial

Brasília - Criada em 1995, a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem como objetivo a abert...

Veja mais
Importação brasileira cresceu acima da média, mostra estudo

O Brasil foi o quinto país a mais aumentar as importações entre 2007-2012, portanto desde o come&cc...

Veja mais
Maioria dos serviços sobe mais que inflação

Levantamento mostra que 62% dos itens tiveram reajustes acima da média; 91% ficaram mais caros em 12 mesesSem con...

Veja mais
Brasil "perde" US$ 6 bi em exportações

Valor corresponde ao que o país deixou de vender para China, EUA, União Europeia e Argentina no 1º bi...

Veja mais
Mercado prevê piora das contas externas e pressão maior no câmbio

Bancos calculam deficit de até US$ 90 bilhões neste ano, ante projeção do BC de US$ 67 bilh&...

Veja mais