Índice de preços em São Paulo fica estável no início de agosto

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O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,01% na primeira quadrissemana de agosto. O número representa uma reversão em relação ao fechamento de julho, quando apresentou uma queda de 0,13%. Na primeira medição de julho, o índice havia ficado em alta de 0,16%.

Despesas Pessoais e Saúde tiveram altas maiores na primeira quadrissemana de agosto em comparação com os avanços de julho. Despesas Pessoais subiu 0,69% na primeira leitura do oitavo mês do ano, ante alta de 0,45% em julho. Saúde, por sua vez, registrou avanço de 0,5% na primeira quadrissemana de agosto, após subir 0,33% em julho. Habitação teve uma alta menor na primeira leitura de agosto, ante o ganho de julho. O grupo subiu 0,35% na primeira quadrissemana de agosto.

Alimentação e Transportes recuaram de forma menos acentuada na primeira quadrissemana de agosto, em comparação com as quedas de julho. Alimentação caiu 0,08% na primeira leitura do mês, ante queda de 0,40% em julho. Já Transportes teve declínio de 0,96% na primeira quadrissemana de agosto, após ter recuado 1,30% em julho.

"Alimentação ainda está em queda, mas 'andou' bastante. É bem possível já termos alta na próxima leitura", afirmou o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, que espera inflação de 0,17% para esta classe de despesa na segunda quadrissemana, e de 0,14% para o indicador geral.

A expectativa de Costa Lima está amparada no comportamento que tem sido observado nos subgrupos de Alimentação e que deve se exacerbar daqui para frente. Em entrevista o coordenador destacou a virada nos alimentos industrializados (-0,13% para 0,03%) e a forte aceleração dos semielaborados (0,47% para 1,08%). "Alimentação já começa a ter mais itens na lista das maiores altas do IPC", observou.

Nos industrializados, entre os destaques estão os derivados do leite (1,18%), café em pó (2,94%), panificados (0,85%) e massas, farinhas e féculas (1,40%). Nestes dois últimos, "a alta pode ter a ver tanto com o trigo quanto com o câmbio", salientou o economista. Costa Lima lembrou que geadas no sul no final do mês passado afetaram a oferta do grão, que em parte também é importada.

Em semielaborados (0,47% para 1,08%), Costa Lima chamou a atenção para o avanço de 1,42% das carnes bovinas e de 8,44% em leites. O leite longa vida, que subiu 8,65%, liderou a lista das maiores influências de alta do IPC. "E a queda do frango, de 1,53%, está perdendo força, com taxa já positiva [pesquisas semanais], de 0,40%", afirmou.

Tanto no caso das carnes quanto do leite a trajetória dos preços está relacionada a fatores sazonais, já que nesta época a estiagem afeta as pastagens que servem de alimentação para o gado. Com isso, as altas acabaram prevalecendo à deflação de cereais (-3,17%), em que feijão mostrou recuo de 9,78%. Ainda que tenham reduzido a deflação, os produtos in natura (-3,94% para -3,42%), que têm grande peso dentro de Alimentação, ajudaram a segurar o grupo em queda.



Veículo: DCI


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