Preços de São Paulo aumentam 0,39% na 3ª semana de outubro

Leia em 2min 10s

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação da cidade de São Paulo, registrou uma alta de 0,39% na terceira quadrissemana de outubro. O número representa uma alta maior em relação a segunda leitura do mês, quando apresentou um avanço de 0,37%. Na terceira medição de outubro, o índice havia ficado em alta de 0,2%. O resultado foi apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) .

A inflação no grupo Habitação desacelerou para 0,15% na terceira leitura do mês, de 0,25% na segunda quadrissemana, assim como Transportes passou para 0,13%, de 0,16%. Saúde também perdeu força, ao passar de 0,65% para 0,41%, na mesma base de comparação.

Já a alta nos preços em Alimentação acelerou para 0,9%, ante 0,61% na leitura anterior, bem como Despesas Pessoais subiu para 0,67%, de 0,51% na segunda quadrissemana. No grupo Educação a alta nos preços também foi ligeiramente maior, ao subir para 0,13%, de 0,10% na leitura anterior.

No grupo Vestuário, a terceira leitura de outubro marcou uma deflação de 0,03%, frente a alta de 0,25% na segunda leitura.

A carne bovina e o tomate foram os itens alimentícios que mais tiveram seus preços elevados no IPC. Segundo a Fipe, o preço do tomate subiu quase oito pontos porcentuais entre a segunda quadrissemana e a terceira de outubro, ao sair de 3,34% para 11,31%, num sinal de que a sazonalidade favorável dos in natura chegou ao fim. Segundo o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, a alta não deve parar por aí. "O tomate está subindo mais de 11% e nas pesquisas de ponta (mais recentes) a taxa já está positiva em 36%",

A carne bovina também está contando com um período desfavorável e os preços deram um salto na passagem da segunda para a terceira leituras de outubro, de 3,53% para 5,04%. "Muitos produtos do grupo Alimentação estão subindo, especialmente as carnes", afirmou.

Segundo Costa Lima, o fato de mais itens alimentícios integrarem a lista das maiores pressões no IPC indica que o grupo Alimentação deve continuar se intensificando e fechar o mês de outubro com elevação de 1,18%, após variação de 0,90% na terceira leitura deste mês.

"A sazonalidade (desfavorável) de fim de ano está se configurando, com a taxa de Alimentação mais forte. A inflação deve se acelerar, mas não deve ficar fora da normalidade", disse e manteve a projeção de elevação de 0,46% no IPC de outubro e de 4,30% no fechamento do ano.

"Como o grupo Habitação desacelerou mais que o esperado na terceira leitura, deve equilibrar resultado final, já que Alimentação acelerou um pouco mais", completou o especialista da Fipe.



Veículo: DCI


Veja também

Preços controlados sobem mais que a inflação

 Tarifas administradas pelo governo superaram em até três vezes IPCA desde 1995      ...

Veja mais
Vendas natalinas devem crescer de 5% a 6%

Projeção da CDL-BH aponta um valor total entre R$ 3,1 bilhões e R$ 3,13 bilhões na capital m...

Veja mais
Lojistas mineiros estão mais pessimistas

O varejo mineiro está menos otimista, afirma a Federação do Comércio do Estado de Minas Gera...

Veja mais
Preço ao consumidor acelera para 0,49% na terceira prévia do mês

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,49% ...

Veja mais
Governo vai renegociar dívidas do comércio

Em encontro do varejo gaúcho, o governo estadual anunciou ontem à noite a abertura de um programa para ren...

Veja mais
Venda de fim de ano começa com forte reajuste nos preços

Os fabricantes nacionais de alimentos e bebidas iniciaram as vendas de fim de ano registrando expressivos reajustes nos ...

Veja mais
Varejo apresentou alta de 0,5% em setembro, aponta Boa Vista Serviços

O indicador de Movimento do Comércio expandiu 0,5% em setembro, em todo o País, na comparaçã...

Veja mais
Brasileiro compra por impulso

Quando o assunto é ir às compras, o consumidor brasileiro se contradiz. É o que aponta pesquisa fei...

Veja mais
Comércio pode avançar 25% com horário de verão

Com maior tempo de iluminação solar após o expediente normal dos trabalhadores e profissionais libe...

Veja mais