Gasto médio do brasileiro neste Natal deve ser 10% maior que o do ano passado

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Segundo cálculos da Fecomércio-RJ, nos shoppings, valor médio supera R$ 1.000



O gasto médio com as compras de Natal deve crescer cerca de 10% este ano em relação ao período natalino de 2012 no país, pelos cálculos da Fecomércio-RJ. Segundo João Gomes, superintendente de Economia e Pesquisa da instituição, em novembro esse valor foi de R$ 287, contra R$ 261 no ano passado. Nos shoppings, os presentes de Natal estão mais turbinados. Tomando por base a troca de cupons para sorteio de carros e outros produtos, o gasto médio chega a R$ 1.500 no BarraShopping e de R$ 1.250 no Rio Sul.

-Projetamos uma injeção de R$ 3 bilhões com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário - afirmou Gomes.As previsões dos economistas das associações de comércio estão mais tímidas que as dos shoppings e dos próprios lojistas de rua. No BarraShopping, a superintendente Jussara Nova Raris projeta 10% de alta nas vendas, pouco acima dos 9,5% registrados em 2012:

- Na primeira quinzena de dezembro, já percebemos esse aumento de 10%. É impressionante o movimento. São 150 mil pessoas por dia, 32 mil carros. Estamos funcionando até meia-noite desde o dia 6.Nas lojas da Saara, no Centro, que concentra o comércio popular, o movimento é intenso. Na loja GMB Esportes, do presidente da Saara, Ênio Bittencourt, as vendas cresceram 10% e o gasto médio praticamente dobrou:

- Tenho presentes de R$ 9,90 a R$ 200. No ano passado, tinha mais gente procurando lembrancinhas. Este ano, estou vendo as pessoas querendo comprar coisas mais caras. Em média, o gasto cresceu de R$ 30 para R$ 60 - afirma Ana Paula Cuba Bittencourt, filha de Ênio e sócia da loja.

 

Mais de 124 mil contratações

Ana Paula diz que esta semana é chave, com o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário:

- As pessoas deixam para comprar na última hora. As lojas de roupas e de embalagens de presentes estão cheias.No Rio Sul, a projeção é de vendas 11% maiores neste Natal. De hoje até segunda-feira, Márcio Werner, superintendente do shopping, espera 350 mil a 400 mil pessoas circulando pelos corredores. Em novembro, as vendas já cresceram 13%. O número de consumidores que trocaram cupons para concorrer nos sorteios aumentou 25%.

Na Confederação Nacional do Comércio (CNC), o otimismo é mais moderado. A entidade estima expansão de 5%.

-Em 2012, tivemos o IPI menor ajudando, os juros mais baixos e a inflação não inibiu as vendas. Mas houve uma melhora no segundo semestre - afirmou Fábio Bentes, economista da CNC.Mesmo assim, a contratação de temporários foi maior em números absolutos. Foram admitidas 124.300 pessoas, contra 120.800 em 2012. A variação, porém, foi menor: 2,8% contra 3,2%.

- Não há falta de mão de obra. Nas lojas de rua, quando o movimento começa a aumentar é que os lojistas tentam contratar mais gente e pode haver alguns problemas pontuais.Mais otimistas, Bangu Shopping, Grande Rio, na Baixada Fluminense, e Boulevard São Gonçalo esperam alta de 17% a 20% nas vendas.

 
Veículo: O Globo - RJ


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