A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio) estima que o aumento do salário mínimo para R$ 465 provocará um impacto de cerca de R$ 20 bilhões no total do consumo das famílias. "Não chega a ser uma soma que gere grande estímulo para a economia, mas tem um impacto importante no consumo e na distribuição de renda", afirma Abram Szajman, presidente da Fecomércio. "É importante ressaltar que a propensão a consumir dos que recebem até um salário mínimo é próxima a 100%, ou seja, esses recursos rapidamente vão para o consumo gerando um efeito multiplicador", acrescenta.
A Fecomércio reforça ainda, que ao longo do Plano Real, os consumidores de menor renda aumentaram a sua capacidade de consumo, o que poderia ainda ser maior se o governo trabalhasse em reformas que, além de permitir constantes aumentos de salários básicos, estimulassem o emprego.
Na visão da entidade, se o aumento do salário mínimo amplia o consumo por meio do ganho real de renda de parte das famílias, por outro lado reduz a capacidade do governo em investir. Um esforço adicional deverá ser exigido no corte de outras despesas para que se mantenha a meta do superávit.
Veículo: DCI