Alimentação puxou recuo da inflação no varejo, diz FGV

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A desaceleração observada na primeira prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio, de 0,72% para 0,06%, foi mais forte no atacado, mas muito tímida no varejo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou alta de 0,64% na leitura anunciada nesta sexta-feira, 9, contra 0,65% em abril.

Apesar disso, o grupo Alimentação figurou entre as principais contribuições para o alívio no índice de preços. A alta foi de 0,73%, depois de subir 1,07% na leitura de abril. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o item que mais influenciou este comportamento foi hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 6,65% para -0,33%.

Outras três classes de despesa desaceleraram na passagem do mês: Vestuário (1,13% para 0,33%), Educação, Leitura e Recreação (0,60% para 0,18%) e Transportes (0,68% para 0,54%). Os itens que contribuíram para isso foram roupas (1,34% para 0,62%), passagem aérea (7,15% para -4,96%) e gasolina (1,17% para 0,19%), respectivamente.

No sentido oposto, outras quatro classes de despesa ganharam força no período. No grupo Habitação (0,47% para 0,65%), a tarifa de eletricidade residencial saltou de -0,01% para 2,11%, repercutindo reajustes recentes em tarifas cobradas pelas concessionárias de energia elétrica.

Também aceleraram Saúde e Cuidados Pessoais (0,37% para 1,28%), Comunicação (-0,14% para 0,16%) e Despesas Diversas (0,24% para 0,31%). Em cada classe, as principais contribuições partiram de medicamentos em geral (0,09% para 2,37%), tarifa de telefone residencial (-0,41% para 0,44%) e acesso à internet em loja (0,54% para 1,82%), respectivamente.

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, foi no sentido oposto do índice geral e acelerou na primeira prévia de maio. A alta foi de 0,92%, contra 0,35% no mês anterior. A principal influência veio do custo da mão de obra, que subiu 1,45% na leitura anunciada hoje, ante estabilidade (0,00%) no mês anterior. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços, por sua vez, desacelerou de 0,74% para 0,36%.



Veículo: Estado de Minas


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