Os frigoríficos encontraram bom nível de oferta de boi gordo durante a semana, o que proporcionou significativo avanço nas escalas de abate, que ficaram posicionadas entre quatro e cinco dias úteis, em média. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, por conta da situação mais confortável, muitos frigoríficos optaram por reduzir o preço de balcão no início da semana. Até o momento não foram concretizados negócios relevantes. Conforme o esperado os pecuaristas resistem ao rebaixamento dos preços.
A expectativa, diz Iglesias, é que a oferta siga em bom nível no Centro-Oeste durante toda a segunda quinzena de maio. A situação tende a ser mais complicada considerando, que o consumo durante o referido período é tradicionalmente menor na comparação com a primeira quinzena, um indicativo de que não haverá grande suporte para a manutenção dos preços de balcão em toda a região Centro-Oeste.
O quadro de boa oferta e preços pressionados para baixo deve sofrer mudança contundente durante o próximo período de virada de mês, considerando que haverá novo repique de demanda causado pela Copa do Mundo, que deve afetar incisivamente os preços do varejo e do atacado, aponta Iglesias.
Em São Paulo, a arroba do boi gordo teve média de R$ 124,50 na semana. Em Goiás, a média foi de R$ 115,67 por arroba. Em Minas Gerais, o preço médio da arroba foi de R$ 113,00, no Mato Grosso do sul R$ 117,50 e no Mato Grosso R$ 113. No mercado atacadista, o corte dianteiro teve média de R$ 6,40 por quilo, e o traseiro R$ 9,40 por quilo.
Veículo: Diário do Comércio - MG