O varejo, uma das últimas pontas da economia a sentir os efeitos da retração da economia, começa a dar sinais mais claro de que a situação não é das melhores.
As vendas a prazo na cidade de São Paulo caíram 6% em janeiro na comparação com igual período do ano passado. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Comercial de São Paulo. OSCPC/Cheque, referente a vendas à vista, que registrou queda de 5% no mês passado. Ainda segundo os números da Associação Comercial de São Paulo, a inadimplência também aumentou em janeiro na maior economia do País.
A alta foi de 9,5%. Já os carnês quitados ou renegociados (registros cancelados) caíram 2,3% na comparação entre janeiro de 2009 e 2008. Alencar Burti, presidente da entidade, admite que os números do primeiro mês do ano não são animadores. "Diante do quadro atual da economia mundial até que estamos em uma situação bastante razoável", avalia. Segundo Burti, não há como negar os efeitos que a queda nas exportações e o comportamento cambial têm na economia. "Além disso, há um pessimismo generalizado entre os consumidores", diz.
Este é o momento ideal para que os diferentes setores da economia deixem de pensar de forma individual para trabalhar em conjunto, defende Burti. Uma das formas de blindar a economia, de acordo com o presidente da Associação Comercial, é tentar costurar um acordo nacional que inclua o setor produtivo, com o objetivo de manter o nível de emprego e, assim, evitar o recuo do consumo.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ