As expectativas para compra de bens duráveis foram as principais responsáveis para que o Índice de Expectativas (IE) apresentasse recorde de baixa na Sondagem de Expectativas do Consumidor, pesquisa que é realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Um dos três componentes do Índice da FGV, a expectativa de compra de duráveis nos próximos seis meses atingiu 66,6 pontos em fevereiro, o menor nível da série histórica. O IE também atingiu o piso histórico, com 91,6 pontos, contribuindo para o recorde negativo do Índice de Confiança, de 94,6 pontos.
As expectativas para compra de bens duráveis estão em queda desde março do ano passado e, considerado o período a partir de setembro, quando se agravou a crise internacional, a queda no indicador está em 20%. "O ímpeto para compra de duráveis tem ligação com o sentimento geral em relação à economia, com o endividamento do consumidor e com a taxa de juros", afirmou o economista Aloisio Campelo, responsável pela sondagem de FGV.
Os outros indicadores que compõem o Índice de Expectativas, a situação da economia local futura e a situação financeira da família futura, caíram em relação a janeiro, mas estão em níveis mais elevados do que em dezembro do ano passado.
Veículo: Valor Econômico