O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou o mês de fevereiro em alta de 0,21%. A taxa é a menor desde a primeira semana de outubro do ano passado, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Dos sete grupos pesquisados, dois apresentaram deflação: alimentação, com variação de -0,12%, ante 0,31%; e vestuário, com taxa de -0,71%, ante -0,57%. De acordo com a análise técnica do Ibre, a desaceleração do IPC-S ocorreu, principalmente, devido queda na média dos itens alimentícios e do grupo educação, leitura e recreação, cuja taxa passou de 1,25% para 0,49%.
No caso do primeiro grupo, a pesquisa destaca o recuo de preços das frutas (de -1,26% para -3,30%). No segundo, houve queda nos cursos formais (de 1,97% para 0,56%).
No período, também foi constatada desaceleração em despesas diversas, que apresentou variação de 0,18%, ante 0,30%.
Nos demais grupos houve avanço de preços: transportes (de 0,53% para 0,66%), habitação (de 0,23% para 0,25%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,64% para 0,70%).
Retração
A economia brasileira deve sofrer uma contração de 0,5%, apesar dos esforços do governo para evitar esse resultado, diz a consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit). A previsão anterior era de uma expansão de 1,6%.
Segundo a consultoria, os dados fracos da produção industrial brasileira referentes a novembro e dezembro apontam para um "período prolongado de ajuste de estoques, declínio de investimentos e de empregos".
Em dezembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a produção industrial caiu 12,4% na média nacional, o menor nível verificado desde o início da série histórica, em 1991.
Veículo: DCI