Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) revelou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou, em fevereiro, o menor valor desde o início da pesquisa. O indicador, calculado com base em uma escala de pontuação entre 0 e 200 pontos (em que quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 95,9 pontos em janeiro para 94,6 pontos em fevereiro. Este patamar é o menor nível da série histórica, iniciada em setembro de 2005. Segundo a FGV, no mês passado o índice caiu 1,4% ante janeiro. A pesquisa tomou como amostra mais de 2 mil domicílios, em sete capitais do País, com entrevistas colhidas entre os dias 2 e 20 de fevereiro.
Em comunicado, a fundação informou que, com o resultado, o indicador retoma a trajetória descendente iniciada em setembro de 2008, que havia sido interrompida pela relativa estabilização de janeiro, quando o índice variou 0,1%, dado revisado, na comparação com mês anterior. Em fevereiro deste ano, houve piora tanto das avaliações sobre a situação presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes. O ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual (ISA), que apresentou queda de 0,8% em fevereiro depois de subir 1,2% em janeiro; e o Índice de Expectativas (IE), que apurou recuo de 1,7% nesse mês depois de avançar 4,1% em janeiro, atingindo o menor nível da série. Ainda segundo a fundação, o ICC caiu 17,5% na comparação com fevereiro do ano passado.
Cautela
A preocupação do consumidor com as condições econômicas nos próximos meses ajudou a derrubar o ICC de fevereiro. Segundo a FGV, o consumidor mostrou-se "especialmente cauteloso" no que tange ao ato de comprar bens duráveis, pois, muitas vezes, implica concessão de financiamento para pagamento a prazo. A entidade informou que de janeiro para fevereiro a parcela de consumidores entrevistados que planejam gastar mais com duráveis nos seis meses seguintes caiu de 8% para 6,8%. A parcela dos que pretendem gastar menos aumentou de 38,1% para 40,2%.
Fecomércio-RJ
A Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ), em parceria com o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Rio (Seac Rio), divulgam este mês um novo índice de serviço: Índice de Reajuste do Setor de Serviços de Asseio e Conservação. Este será usado como referência em contratos de prestação de serviços, que têm reajuste anual permitido pela legislação. O índice será para correção de distorções.
Veículo: DCI