A variação chegou a 4,66% no acumulado dos primeiros 4 meses.
A inflação de Belo Horizonte aumentou em 0,58% em abril, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de um a cinco salários mínimos. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O indicador teve variação negativa de 0,22 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando o índice foi de 0,36%. No acumulado do ano, a variação chegou a 4,66% e, nos últimos 12 meses, 11,8%.
Conforme o levantamento, dentre os 11 itens agregados que compõem o índice, os maiores destaques na comparação mensal foram as altas de 2% para artigos de residência e de 1,6% para vestuário e complementos. Na outra ponta, alimentos de elaboração primária apresentaram retração mais intensa (-0,35%). O grupo de produtos administrados também registrou baixa, neste caso de -0,03%.
Quando considerado o primeiro quadrimestre de 2016, o maior crescimento foi observado nos alimentos in natura (20,78%), seguido pelos artigos de residência (9,91%). Já nos últimos 12 meses, os destaques se repetiram em alimentos in natura (37,29%) e artigos de residência, com elevação dos preços em 20,2%. Nas bases de comparação anual e de 12 meses nenhum item sofreu deflação.
Em relação aos gastos individuais, o levantamento apontou os custos com cabeleireiro (11,75%), assinatura de telefonia fixa e internet (7,15%), automóvel novo (3,61%), aluguel residencial (3,44%) e condomínio residencial (2,64%). Do outro lado, as cinco menores contribuições vieram do tomate (-31,76%), torneira, cano e material hidráulico (-19,52%), vidro (-10,76%), dentista (-3,93%) e tarifa de energia elétrica (-2,39%).
Confiança - Em função destes resultados e do próprio cenário econômico, o Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICCBH) chegou a 32,48 pontos em abril, permanecendo, mais uma vez, bem abaixo da fronteira que separa o otimismo do pessimismo (50 pontos). O resultado é 0,95 ponto menor que o observado no mês anterior.
Além disso, o Índice de Expectativa Econômica (IEE) apresentou uma queda de 7,74% em comparação com março e o mesmo foi observado para o Índice de Expectativa Financeira (IEF), com recuo de 0,17%. O item emprego foi o que apresentou a maior variação negativa no mês, igual a -19,37%.
Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG