Confiança do consumidor registra queda de 16,2%

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A confiança do consumidor paulistano recuou em abril ante as incertezas do cenário externo devido à crise financeira, segundo pesquisa da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP). Conforme o levantamento, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) ficou em 124,9 pontos em abril, queda de 2,6% em relação a março (128,2 pontos). Em comparação com igual período do ano passado, o índice recuou 16,2%.

 

Mesmo com a redução, o indicador ainda se mostra positivo. Em uma escala de zero a 200 pontos, o índice aponta pessimismo abaixo de cem pontos e otimismo acima desse patamar. Segundo o economista da entidade, Fábio Pina, a tendência de baixa da confiança do consumidor, também observada nos últimos meses, está relacionada ao momento de instabilidade macroeconômica do país.
"Notícias de quedas acentuadas na produção e nas vendas em determinados segmentos importantes fazem o contraponto negativo em meio às tentativas do governo em amenizar a crise que se arrasta desde setembro de 2008 por aqui", afirmou.

 

O ICC é composto de dois indicadores. O IEC (Índice das Expectativas do Consumidor), que indica a percepção do consumidor quanto ao futuro, ficou em 129,7 pontos, uma queda de quase 10% em relação a igual período do ano passado e de 4,9% em relação a março deste ano.
Já o Índice das Condições Econômicas Atuais (Icea), que determina a percepção dos consumidores em relação à situação presente, tanto de sua família quanto a do país, subiu 1,5% registrando 117,5 pontos. Em relação à igual período do ano passado, o índice registra uma queda acentuada de 25,4%.

 

Otimismo. Pina avalia que o comportamento distinto entre o Icea e o IEC aponta que as ações da política econômica voltadas para atenuar os impactos da crise internacional sobre a economia brasileira têm gerado certo grau de otimismo no consumidor no curto prazo, mas não chegam a se traduzir em solução da crise.
"O consumidor demonstra um comportamento pouco mais cauteloso em suas percepções futuras em virtude da deterioração abrupta do quadro macroeconômico."

 


Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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