Consumidor com renda até R$ 1,7 mil tem 69% dos cartões de crédito do País

Leia em 2min 10s

De acordo com projeção feita pela Avenida Brasil, consultoria especializada em consumo na baixa renda, 69% dos cartões de crédito estão na mão de pessoas com renda até R$ 1.700. "R$ 111,8 bilhões foram movimentados pelas classes C, D e E, através de cartões de crédito em 2008, isso representa 52% do volume total, e nos leva a crer que o crescimento da classe média e a inserção de classes de renda mais baixa nos meios de pagamentos, impulsionará todo o setor nos próximos anos e as empresas devem ficar atentas à forma de consumir desses novos clientes, oferecendo informações para estes consumidores reduzirem o risco de inadimplência", afirma Renato Meirelles, sócio diretor da agência.

 

Para o consultor, o crescimento da faixa da população considerada a nova classe média brasileira, pode ajudar o setor de cartões a driblar as possíveis dificuldades do mercado. "Diante da pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas que aponta para a representatividade de 53,8 % da classe média brasileira [considerando famílias com renda entre R$ 1.064 e R$ 4.591], essa é uma hora importante para se analisar como o consumidor popular se relaciona com os meios de pagamento e como essas empresas pensam seus produtos diante desse tipo de público", afirma Renato.

 

Durante anos, para se comunicar com os clientes das classes econômicas A e B, as instituições de crédito precisavam inflar egos e provocar desejos supérfluos via propagandas na TV. Hoje, diante da nova configuração da classe C do País que traz em sua formação indivíduos provenientes das classes D e E que melhoram de renda, o necessário é ser eficiente, oferecer vantagens competitivas e ganhar a confiança de um público que adquire ou compra um serviço com mais consciência que as classes A e B.

 

Diante da previsão de 6,1 bilhões de transações com cartões no Brasil, para este ano, segundo levantamento da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços, Meirelles afirma que os meios de pagamentos eletrônicos estão cada vez mais presentes na vida do consumidor da classe média e apresenta aspectos do consumo da população em contraste com a segmentação de renda: "Para o consumidor da classe C, o cartão de crédito é realmente utilizado como instrumento de crédito, enquanto para as classes A e B, o uso do cartão é uma questão de comodidade. "Antes, quem tinha cartão pertencia ao topo da pirâmide", acrescenta.

 

Veículo: DCI


Veja também

Confiança do consumidor registra queda de 16,2%

A confiança do consumidor paulistano recuou em abril ante as incertezas do cenário externo devido à...

Veja mais
Custo de vida do paulistano sobe 0,40% em março

Viver na capital paulista ficou 0,4% mais caro em março, segundo o Índice de Custo de Vida (ICV) divulgado...

Veja mais
Exportadores procuram mercados alternativos

O governo federal e as principais empresas brasileiras se voltaram para mercados com pouca tradição comerc...

Veja mais
Cotações no atacado despencam e IGP-DI tem deflação de 0,84%

O panorama para a inflação segue bastante benigno, mostrou ontem o Índice Geral de Preços - ...

Veja mais
CNI ainda não vê sinais de recuperação da atividade

A indústria teve queda de 8,4% nas horas trabalhadas em fevereiro na comparação com o mesmo mê...

Veja mais
Brasil facilita livre circulação de mercadorias com o Mercosul

O Brasil começa a tomar iniciativas para tornar o Mercosul um acordo efetivo de livre circulação de...

Veja mais
Índice de confiança volta a cair em março

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informou ontem que o Índice Nacional de Confian&c...

Veja mais
Brasileiros de Classe C não são todos iguais

Os consumidores da Classe C têm atraído as atenções de empresas, agências de publicidad...

Veja mais
Varejo pede socorro ao governo

A exemplo das montadoras, que conseguiram sensibilizar o governo e receberam incentivos para estimular as vendas de ve&i...

Veja mais