De acordo com a pesquisa realizada pela TeleCheque, empresa de concessão de crédito no varejo, a crise financeira continua causando impactos nos orçamentos familiares, o que resultou na queda de 0,85% no número de cheques honrados no mês de março, quando comparado com o mês anterior. No índice Brasil, do total de cheques emitidos, 96,14% representam os cheques honrados. Em relação ao mês de março de 2008, os cheques honrados cresceram 1,08%.
O cenário em 2008 foi de ampla oferta de crédito, com prazos longos e juros baixos, ao contrário deste ano, em que o mercado se apresenta fechado e cauteloso. "Diante disso, esse aumento da inadimplência pode ser considerado normal se analisarmos as condições econômicas pela qual o Brasil passa. Muitos trabalhadores perderam o emprego e alguns comerciantes estão com os fluxos de caixa comprometidos pela instabilidade e redução da oferta de crédito do mercado. De agora em diante, a tendência é que os consumidores priorizem gastos de primeira necessidade e controlem os custos", explica José Antonio Praxedes Neto, vice-presidente da TeleCheque.
Um período como este faz com que os lojistas busquem alternativas para facilitar o acesso dos consumidores ao crédito. "Como o cheque é um facilitador tanto para o lojista quanto para o consumidor, ele tem sido usado para atrair a clientela e garantir a lucratividade dos estabelecimentos comerciais. O cheque continua a ser o meio de pagamento que apresenta o menor risco", observa Praxedes.
Diante desse cenário, no ranking por estado, a Paraíba ficou com a liderança dos cheques honrados com 97,50%. Na sequência da lista estão Mato Grosso (97,25%), Goiás (97,21%), Paraná (97,20%), Santa Catarina (97,11%) e interior de São Paulo (97,10%).
Com o aumento do interesse dos lojistas pelo cheque, eles estão mais atentos na hora de recebê-los, resultando na diminuição significativa da fraude no Brasil. De acordo com a TeleCheque, em março, o indicador apontou apenas 0,18% de cheques fraudados, uma queda de 18,18% quando comparado com o mês de março de 2007. Assim, no ranking por estado, Rio Grande do Norte registrou o maior número de fraude (0,48%), seguido de São Paulo (0,33%), Ceará (0,26%), São Paulo Interior (0,25%) e Paraná (0,22%).
Veículo: DCI