A Laticínios Bom Gosto comprou por R$ 64 milhões a Laticínios Cedrense, de São José do Cedro, Santa Catarina. O investimento inclui a compra de quatro unidades industriais, localizadas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, com capacidade de processamento de 550 mil litros por dia. No início deste ano, a Bom Gosto assumiu as operações da unidade industrial da Parmalat em Garanhuns (PE) e, recentemente, adquiriu a fábrica da Nestlé em Barra Mansa (RJ).
"Este ano já investimos R$ 124 milhões, dos quais R$ 31 milhões na aquisição da fábrica de Garanhuns, R$ 29 milhões na aquisição e modernização da unidade de Barra Mansa e mais R$ 64 milhões agora", disse o diretor-presidente da Bom Gosto, Wilson Zanatta. "Toda a operação de aquisição da fábrica de Santa Catarina levou cerca de 30 dias. Nós já conhecíamos os proprietários da Cedrense, o que facilitou o processo."
As unidades da Cedrensa produzem leite longa vida (UHT), achocolatado, creme de leite, nata em pote, manteiga, requeijão e queijos, além da linha light, composta pelos queijos minas, mussarela e prato, além de ricota e requeijão. Com esta aquisição, a empresa passa a somar um volume de produção de 4 milhões de litros por dia, totalizando 1,2 bilhão de litros por ano, 24 unidades industriais, instaladas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. A Bom Gosto possui 3,5 mil funcionários, 32 mil produtores integrados e prevê um faturamento para o próximo ano de R$ 2,3 bilhões.
"A Cedrense é uma empresa muito importante na nossa estratégia. Ela é líder em venda de queijos nos três estados da região Sul. Além disso, nós ainda não tínhamos fábrica em Santa Catarina", afirmou Zanatta. "Com a aquisição, nosso mix de produtos será ampliado. A Cedrense é muito forte, por exemplo, na fabricação de requeijão, que já produzíamos, mas não era a nossa especialidade."
A companhia se prepara para expandir seus negócios para o exterior, com a inauguração de uma nova unidade industrial em Tapejara (RS), que terá foco no Mercosul. A fábrica vai processar 600 mil litros por dia e deve entrar em operação no próximo ano. A empresa tem ainda investimentos previstos para a construção de uma fábrica no Uruguai, com capacidade inicial para processamento de 400 mil litros diários, que será a primeira indústria brasileira de laticínios a operar unidade fora do País.
Veículo: Jornal do Commercio - RJ