Redes locais somam 700 lojas no Nordeste

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Grande filão de crescimento do consumo no Brasil, a região Nordeste deverá ser cada vez mais disputada pelas grandes redes de varejo. Engana-se quem pensa que a Insinuante, mais famosa das redes nordestinas, será a única concorrente a ser batida. Com presença importante na região, as sete principais redes locais de eletroeletrônicos e móveis contam hoje com cerca de 700 lojas espalhadas pelo Nordeste.

 

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo no Nordeste cresceram 5,6% nos sete primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Já a média nacional mostrou crescimento de 4,6%.

 

Atentas a esta tendência, as principais varejistas regionais vem expandindo as operações pelo Nordeste, sendo que quase todas têm presença em pelo menos três estados. Maior delas, com 250 lojas, a Insinuante atua hoje em todos os estados do Nordeste, além de Rio de Janeiro e Espírito Santo. Tida como possível alvo de aquisição por gigantes como Walmart, Carrefour e Pão de Açúcar, a empresa se coloca, no entanto, na posição de possível compradora de redes rivais.

 

Apesar do maior número de lojas, a Insinuante convive com concorrentes de peso na região. Na Bahia, por exemplo, sofre forte competição da rede paraibana Lojas Maia, que conta hoje com 140 lojas nos nove Estados do Nordeste.

 

Em Pernambuco, a maior disputa se dá com a Eletro Shopping, que cresce a passos largos e já contabiliza 117 lojas em seis estados nordestinos. Também pernambucana, a rede Laser Eletro acumula 52 lojas em cinco Estados, enquanto que a Credimóveis Novolar conta com 39 unidades em três Estados. Já no Ceará, a Insinuante enfrenta a Lojas Rabelo, que tem 52 lojas em cinco estados do Nordeste. No segmento de móveis, o consumidor cearense tem a opção da rede Zenir Móveis, com 23 pontos.

 

De acordo com o diretor-financeiro da Credimóveis Novolar, Marco Leão, o assédio dos gigantes varejistas às redes da região Nordeste ainda deve demorar um pouco para se concretizar. Ele acredita, no entanto, que alguns fabricantes de móveis e eletroeletrônicos buscarão acordos de longo prazo com as redes regionais, com vistas a não ficarem dependentes da demanda da Nova Casas Bahia - que uniu Casas Bahia à Extra Eletro e ao Ponto Frio, do Grupo Pão de Açúcar.
 


Veículo: Valor Econômico


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