Cristália inaugura fabrica de olho nas exportações

Leia em 1min 40s

O laboratório farmacêutico nacional Cristália inaugura na sexta-feira sua nova unidade, em Itapira (SP). As instalações, que receberam investimentos da ordem de R$ 160 milhões, foram projetadas para atender às exigências da Food and Drug Administration (FDA), órgão americano de vigilância sanitária, e European Medicines Agency (EMEA), instituição reguladora do mercado europeu.

 

"A princípio a nova unidade não será voltada para exportação. Ela vai resolver os gargalos de nossa atual fábrica, sobretudo nas áreas de comprimidos e liofilizados [injetáveis especiais]. Essa fábrica foi projetada também para atender a mercados mais exigentes, como os EUA, Europa e Japão. Antes, contudo, deverá ser aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)", disse ao Valor Ogari Pacheco, presidente do laboratório.

 

Atualmente, as exportações representam 4% do faturamento do grupo, que ficou em R$ 600 milhões em 2009. "A meta é que as exportações respondam por 10% da nossa receita nos próximos três a quatro anos." Para Pacheco, as aprovações para a entrada nos mercados mais exigentes só devem ocorrer a partir de 2011.

 

Os principais mercados da Cristália são América Latina, com liderança na venda de anestésicos no Paraguai, Equador, Uruguai e República Dominicana, além da África e Oriente Médio, sobretudo para anestésicos, antirretrovirais e analgésicos.

 

Um dos produtos de inovação da companhia, o Helleva, receitado para disfunção erétil, deverá entrar no mercado russo. As negociações estão em andamento. O grupo pretende negociar o medicamento também nos países da Ásia, como Coreia do Sul, Tailândia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Indonésia.

 

Pacheco afirmou estar atento ao movimento de concentração no setor. Nessa frente, a Cristália segue na posição de consolidadora e não possível alvo de aquisição. Segundo ele, a empresa está investindo em pesquisa e desenvolvimento para o lançamento de produtos inovadores. A companhia também tem como foco medicamentos biológicos. "Depois de três anos de plantio [fazendo uma analogia ao período de pesquisas], vamos lançar novos medicamentos nos próximos anos", disse Pacheco. (MS)
 


Veículo: Valor Econômico


Veja também

Programa tenta fortalecer brasileiras

Com vendas totais de R$ 30, 9 bilhões até novembro, a indústria farmacêutica brasileira vive ...

Veja mais
Zambon planeja fazer aquisições no Brasil

Farmacêutica: Matriz do grupo aprovou aporte de € 100 milhões para compra de laboratório e de p...

Veja mais
BNDES negocia participação acionária de até R$1,5 bilhão na Hypermarcas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negocia uma participação acioná...

Veja mais
Lichia: safra é colhida com atraso

Apesar de terem perdido período de festas de fim de ano, produtores comemoram boa qualidade dos frutos   A...

Veja mais
Importação de trigo cai em volume e em receita

Segundo Ministério da Agricultura, Brasil importou 5,4 milhões de t em 2009, ante 6 milhões de t em...

Veja mais
Com a Cadbury, Kraft supera a Mars no mercado de doces

A Kraft Foods se tornou a maior fabricante de doces do mundo ontem depois de fechar a compra da britânica Cadbury ...

Veja mais
Setores de bens de consumo puxam contratações

No ano passado, apenas 5 dos 22 setores monitorados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado ...

Veja mais
Água Sanitária

O setor de produtos de limpeza registrou faturamento superior a R$ 12 bilhões em 2009, com crescimento de 7% ante...

Veja mais
Detergente

A Abipla (associação das indústrias de produtos de limpeza) espera registrar economia de US$ 38 mil...

Veja mais