Venha correndo, Marabraz

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Rede popular de móveis quer fazer da marca Mappin a sua porta de entrada junto ao público das classes A e B

 

 
Discretíssima, a família Fares, dona da rede de móveis Marabraz, evita os holofotes a todo custo. Nos últimos tempos, porém, tem sido difícil manter o anonimato. Com uma carteira de mais de cinco milhões de clientes e 130 lojas, a rede anunciou na quarta-feira 13 a compra dos direitos de uso da marca Mappin no Brasil, uma das mais tradicionais e emblemáticas grifes do varejo nacional. Popular pela habilidade em vender barato, ela conseguiu ficar com a marca pagando 60% menos do que o mercado estimava que ela valia. A Marabraz ofereceu aos gestores da massa falida cerca de R$ 5 milhões pelo uso do nome Mappin. Até então, a grife pertencia a um grupo de credores da antiga loja de departamentos.

 

O plano da Marabraz é usar a marca Mappin para ganhar terreno na internet e atingir um público mais sofisticado, das classes A e B. Segundo DINHEIRO apurou, a ideia é entrar definitivamente no varejo marabraz Venha correndo, negócios eletroeletrônico, concorrendo com gigantes fortes neste mercado, como Americanas e Ponto Frio. Nasser Fares, diretor-geral da Marabraz, chegou a comentar com funcionários mais próximos que o novo Mappin não deve retornar ao mercado dentro do modelo antigo, uma loja de departamentos com produtos variados. Em nota oficial, a rede informa que a operação será tocada "de forma absolutamente independente dos atuais negócios".


 
De acordo com rumores do mercado, a Marabraz começa agora a desenhar, de forma mais estruturada, o plano para a abertura das lojas físicas com o nome Mappin. "Não há dúvida de que é uma marca forte", disse dias atrás o consultor Luiz Góes, da GS&MD. Ícone de São Paulo entre as décadas de 60 e 80 e imortalizada pelo slogan "venha correndo, Mappin", a grife ainda tem forte apelo emocional, dizem analistas. O Mappin sumiu do mapa em 1999, quando sua falência foi decretada após uma gestão desastrada comandada pelo empresário Ricardo Mansur. Agora, pode ser a maior chance de a grife conquistar de novo a admiração dos brasileiros.

 


Veículo: Revista Isto É Dinheiro


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