O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) confirmou ontem que irá deixar os trabalhos de inspeção e fiscalização de pomares no Estado de São Paulo, os quais ficarão sob a responsabilidade da Secretaria de Agricultura, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).
Segundo comunicado divulgado pelo Fundecitrus, um novo convênio a ser assinado entre a entidade e o governo paulista "visa maior enfoque na conscientização e educação fitossanitária, prestação de serviços e capacitação de produtores". O Fundecitrus admitiu, ainda, que a decisão de deixar as ações de campo na defesa sanitária foi tomada porque a inspeção e a fiscalização não evitaram a perda de controle do greening, considerada a pior doença da citricultura.
"As novas diretrizes foram necessárias, pois as ações de controle do greening foram insuficientes frente à dinâmica da doença", informa o documento, o qual aponta que, em cinco anos, a incidência de talhões com a presença da doença passou de 3,4% para 24%. "Dessa forma, o Fundecitrus vem buscando mecanismos que se mostrem mais efetivos no manejo da doença".
O Fundecitrus não informou oficialmente, entretanto, o destino da equipe de 1.400 funcionários que trabalham na operação de campo, bem como qual será o orçamento para 2010. Segundo a entidade, a decisão do Fundecitrus representará queda de 80% no orçamento anual - que sairá dos R$ 50 milhões para R$ 10 milhões - e o quadro de inspetores deve cair entre 150 a 200.
Veículo: DCI