Um caminho para o Walmart

Leia em 3min 30s

Rede varejista americana cria índice que abrirá as portas da empresa para fornecedores com produtos sustentáveis



A adesão aos princípios da sustentabilidade socioambiental se tornou uma espécie de mantra para a maioria dos executivos de corporações públicas e privadas. Só que o discurso nem sempre se traduz em medidas efetivas. A rede varejista americana Walmart, a maior do planeta, decidiu mudar essa escrita e está incentivando empresas de todos os portes a aderir à cruzada verde. Seu principal instrumento é o índice de sustentabilidade, uma espécie de ranking que irá listar as marcas mais comprometidas com esse conceito. A mensagem será repassada aos consumidores por meio de etiquetas afixadas nas gôndolas de seus 8.416 pontos de venda espalhados pelo planeta. Desde a matriz, em Bentonville (Arkansas), até o Brasil. A primeira etapa do projeto, do Walmart, deixa claro que a companhia pretende quebrar paradigmas. “Queremos criar um novo patamar de competição, em um nível jamais visto”, disse em recente entrevista à revista americana Fast Company.

 

É bom não duvidar. Com uma receita líquida global de US$ 401,2 bilhões, o poder de fogo do Walmart é maior do que o de muitos países. Seu volume de aquisições atinge US$ 100 bilhões por ano. Sua política de compras incentivou fusões, como a da Procter&Gamble com a Gillette. Sua estratégia de fixação de preços tem tamanho impacto na economia que conseguiu, nos anos 1990, reduzir em 1% a inflação anual americana. E mais: 12% de todo o ganho de produtividade obtido pelo país, na década de 1990, pode ser creditado à empresa fundada por Sam Walton. “O tamanho e a importância do Walmart fazem com que as causas que ele abraça se tornem realidade”, destaca Fernando de Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). A entidade, aliás, é uma das parceiras na cruzada verde da rede varejista. Para o dirigente, iniciativas como a do Walmart têm, muitas vezes, um poder maior que leis e regras editadas por organismos governamentais. “A mensagem é simples: quem não se adequar não vende para o maior comprador do mundo”, resume Almeida.

 

Um movimento semelhante começa a acontecer no Brasil. Antes mesmo da elaboração do Índice de Sustentabilidade, previsto para ser concluído apenas em 2014, os executivos brasileiros estão tentando catequizar fornecedores. No início de 2010, a rede anunciou um acordo com nove companhias globais que criaram produtos sustentáveis para serem oferecidos nas gôndolas da rede no Brasil. Uma das que aderiram foi a Colgate-Palmolive, que fez uma versão ecológica de seu desinfetante Pinho Sol, com embalagem feita de resina reciclada e rótulo com papel de floresta certificada. “Apostamos nesse conceito muito antes de ele virar um modismo”, destaca Vânia Otoboni, diretora comercial da Colgate-Palmolive. “Trata-se de uma forma de incentivar as empresas na transição para o Índice de Sustentabilidade que o Walmart pretende criar”, explica Christianne Urioste, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil. A filial local também está apostando na construção de lojas ecoeficientes, nas quais o consumo de energia e água é, respectivamente, 25% e 40% menor em relação às convencionais.

 

Um movimento semelhante começa a acontecer no Brasil. Antes mesmo da elaboração do Índice de Sustentabilidade, previsto para ser concluído apenas em 2014, os executivos brasileiros estão tentando catequizar fornecedores. No início de 2010, a rede anunciou um acordo com nove companhias globais que criaram produtos sustentáveis para serem oferecidos nas gôndolas da rede no Brasil. Uma das que aderiram foi a Colgate-Palmolive, que fez uma versão ecológica de seu desinfetante Pinho Sol, com embalagem feita de resina reciclada e rótulo com papel de floresta certificada. “Apostamos nesse conceito muito antes de ele virar um modismo”, destaca Vânia Otoboni, diretora comercial da Colgate-Palmolive. “Trata-se de uma forma de incentivar as empresas na transição para o Índice de Sustentabilidade que o Walmart pretende criar”, explica Christianne Urioste, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil. A filial local também está apostando na construção de lojas ecoeficientes, nas quais o consumo de energia e água é, respectivamente, 25% e 40% menor em relação às convencionais.




Veículo: Isto é Dinheiro


Veja também

Drogão aposta na venda eletrônica para crescer mais

SÃO PAULO - Além das redes de eletroeletrônicos, o setor de drogarias também aposta em cresci...

Veja mais
Supermercados vão investir R$ 200 mi

Os supermercados mineiros deverão investir pelo menos R$ 200 milhões na abertura e reformas de lojas em 20...

Veja mais
Sonda

A rede Sonda Supermercados doou, em 2009, mais de 140 mil toneladas de alimentos para a ONG Banco de Alimentos. Cerca de...

Veja mais
Corantes naturais ganham mercado

Velhos conhecidos da culinária popular brasileira, os corantes naturais levam vantagem na preferência da in...

Veja mais
Havaianas participarão da Copa do Mundo

Os países que estarão na Copa do Mundo no Brasil serão homenageados com o lançamento de Hava...

Veja mais
Trabalho de Formiga

EM UMA CIDADE ONDE POUCO MAIS DE 1% DO LIXO É RECICLADO PELA PREFEITURA, PAULISTANOS ADOTAM SUPERMERCADOS COMO AL...

Veja mais
Bretas projeta expansão e estuda entrada de sócio de fora da família

Supermercado: Grupo mineiro espera aumentar número de lojas de 59 para 71 em 2010    Quinto maior grup...

Veja mais
Rexam corre para atender aquecimento da demanda

Embalagens: Fabricante de latas de alumínio vai investir R$ 180 milhões   A explosão da dema...

Veja mais
Paraná ganha disputa por nova fábrica da Klabin

Unidade terá capacidade para 1,5 milhão de toneladas por ano, mas não há cronograma de obras...

Veja mais