Rede varejista americana cria índice que abrirá as portas da empresa para fornecedores com produtos sustentáveis
A adesão aos princípios da sustentabilidade socioambiental se tornou uma espécie de mantra para a maioria dos executivos de corporações públicas e privadas. Só que o discurso nem sempre se traduz em medidas efetivas. A rede varejista americana Walmart, a maior do planeta, decidiu mudar essa escrita e está incentivando empresas de todos os portes a aderir à cruzada verde. Seu principal instrumento é o índice de sustentabilidade, uma espécie de ranking que irá listar as marcas mais comprometidas com esse conceito. A mensagem será repassada aos consumidores por meio de etiquetas afixadas nas gôndolas de seus 8.416 pontos de venda espalhados pelo planeta. Desde a matriz, em Bentonville (Arkansas), até o Brasil. A primeira etapa do projeto, do Walmart, deixa claro que a companhia pretende quebrar paradigmas. “Queremos criar um novo patamar de competição, em um nível jamais visto”, disse em recente entrevista à revista americana Fast Company.
É bom não duvidar. Com uma receita líquida global de US$ 401,2 bilhões, o poder de fogo do Walmart é maior do que o de muitos países. Seu volume de aquisições atinge US$ 100 bilhões por ano. Sua política de compras incentivou fusões, como a da Procter&Gamble com a Gillette. Sua estratégia de fixação de preços tem tamanho impacto na economia que conseguiu, nos anos 1990, reduzir em 1% a inflação anual americana. E mais: 12% de todo o ganho de produtividade obtido pelo país, na década de 1990, pode ser creditado à empresa fundada por Sam Walton. “O tamanho e a importância do Walmart fazem com que as causas que ele abraça se tornem realidade”, destaca Fernando de Almeida, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds). A entidade, aliás, é uma das parceiras na cruzada verde da rede varejista. Para o dirigente, iniciativas como a do Walmart têm, muitas vezes, um poder maior que leis e regras editadas por organismos governamentais. “A mensagem é simples: quem não se adequar não vende para o maior comprador do mundo”, resume Almeida.
Um movimento semelhante começa a acontecer no Brasil. Antes mesmo da elaboração do Índice de Sustentabilidade, previsto para ser concluído apenas em 2014, os executivos brasileiros estão tentando catequizar fornecedores. No início de 2010, a rede anunciou um acordo com nove companhias globais que criaram produtos sustentáveis para serem oferecidos nas gôndolas da rede no Brasil. Uma das que aderiram foi a Colgate-Palmolive, que fez uma versão ecológica de seu desinfetante Pinho Sol, com embalagem feita de resina reciclada e rótulo com papel de floresta certificada. “Apostamos nesse conceito muito antes de ele virar um modismo”, destaca Vânia Otoboni, diretora comercial da Colgate-Palmolive. “Trata-se de uma forma de incentivar as empresas na transição para o Índice de Sustentabilidade que o Walmart pretende criar”, explica Christianne Urioste, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil. A filial local também está apostando na construção de lojas ecoeficientes, nas quais o consumo de energia e água é, respectivamente, 25% e 40% menor em relação às convencionais.
Um movimento semelhante começa a acontecer no Brasil. Antes mesmo da elaboração do Índice de Sustentabilidade, previsto para ser concluído apenas em 2014, os executivos brasileiros estão tentando catequizar fornecedores. No início de 2010, a rede anunciou um acordo com nove companhias globais que criaram produtos sustentáveis para serem oferecidos nas gôndolas da rede no Brasil. Uma das que aderiram foi a Colgate-Palmolive, que fez uma versão ecológica de seu desinfetante Pinho Sol, com embalagem feita de resina reciclada e rótulo com papel de floresta certificada. “Apostamos nesse conceito muito antes de ele virar um modismo”, destaca Vânia Otoboni, diretora comercial da Colgate-Palmolive. “Trata-se de uma forma de incentivar as empresas na transição para o Índice de Sustentabilidade que o Walmart pretende criar”, explica Christianne Urioste, diretora de sustentabilidade do Walmart Brasil. A filial local também está apostando na construção de lojas ecoeficientes, nas quais o consumo de energia e água é, respectivamente, 25% e 40% menor em relação às convencionais.
Veículo: Isto é Dinheiro