O empresário João Pedro Cabral de Menezes trabalha na empresa de seu pai, Acuapura, há quinze anos. O período foi suficiente para ele implementar a maior mudança na companhia carioca, que tem a marca Clor in de produtos para higienizar água e alimentos. Aos 31 anos, ele fez a empresa "dar um giro" em direção ao varejo. Primeiro, ele reformulou toda a embalagem, com projeto da BMS Design. Em seguida, começou a ganhar espaço nas gôndolas dos supermercados. A empresa, que estava focada, principalmente, em farmácias e indústria, cresceu 40% em vendas e 22 % em faturamento em 2009, quando começou o reposicionamento da marca. "O produto tinha cara de medicamento, não de varejo. Precisávamos de uma embalagem que falasse", afirma Menezes. São dois produtos fabricados pela empresa, as pastilhas Clor in 10, indicadas para higienizar alimentos em uso doméstico, sem a necessidade de enxague após o tratamento; e o Clor in Post Mix Food, usado para higienizar frutas, verduras e legumes em quantidades maiores (em bares, restaurantes e cozinhas industriais) e também para limpeza de chopeiras, máquinas de gelo e sorvetes, entre outras. Enquanto a mudança da embalagem não acontecia, Menezes colocou promotoras nos pontos de venda para explicar a utilização do produto. "Meu giro era baixo quando não tinha a promotora." A distribuição em 2009 se concentrou no mercado do Rio de Janeiro. "Este ano vamos para São Paulo, principalmente, e também para Belo Horizonte." Segundo Menezes, ele já está com um contrato "amarrado" com o Pão de Açúcar para entrar na capital paulista. Com a expansão da distribuição, a expectativa é duplicar o faturamento, que é de R$ 1,5 milhão (apenas varejo).
Pastilhas I. Menezes quer lançar este ano um produto específico para o uso em caixas d'água e cisternas. "Com este produto podemos entrar em casas de material de construção, home centers e até lojas de piscinas." Ele mandou produtos para o Haiti e para Angra dos Reis. "É útil para tornar a água potável em situações de risco."
Pastilhas II. O Clor in foi criado pelo Laboratório da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, em 1971. É usado até hoje para higienizar alimentos e água. Em 1989 as Forças Armadas resolveram se desfazer do produto e venderam para a Acuapura. Mas até hoje a Acuapura fornece o Clor in para o Exército.
Veículo: Valor Econômico