Além de aquisições, grupo planeja investir R$ 140 milhões em aumento de produção
Giuliano Donini, presidente do grupo de vestuário Marisol, está à procura de novas marcas para acrescentar ao portfólio da companhia que já conta com oito marcas, entre elas, Rosa Chá, Pakalolo e as infantis Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre. E definiu para este ano investimentos de R$ 140 milhões, principalmente no aumento da capacidade produtiva e informatização da unidade do Ceará e na expansão da rede de lojas. Mesmo com a ameaça de crise econômica no primeiro trimestre de 2009, a Marisol fechou o ano passado com crescimento de 12% atingindo faturamento bruto de R$ 506,8 milhões. O objetivo é manter
os números emalta.
Donini informa que está em negociação com algumas empresas, mas que o acerto pode demorar, porque é preciso sincronizar o interesse de ambas as partes. O empresário assegura que só faz negócios no ramo de vestuário, e acrescenta que, para uma aquisição, o grupo Marisol deve ser majoritário ou totalitário na nova empresa.
Foi assim com a Rosa Chá, comprada em 2006. Até 2009, o grupo controlado pela família de Donini detinha 75% da Rosa Chá, no mesmo ano, entretanto, comprou o restante e passou a ser totalitário na empresa. Com a mudança, o empresário planeja ações para chamar mais atenção para a marca de moda praia. “Chamamos o (estilista) Alexandre Herchcovitch para assumir a criação, e deu certo”, afirma. Isso porque, segundo Donini, há muitos anos a Rosa Chá tinha perdido seu brilho, e a meta agora é reviver a época demaior sucesso. Além do novo estilista, a Rosa Chá voltou a se apresentar no São Paulo FashionWeek, e está ampliando sua atuação para roupas e acessórios. “A marca não é só de biquíni, mas de moda praia, com a cara do Rio e com o espírito descontraído.”
Expansão no mercado externo
O empresário também planeja reforçar a presença de suas marcas no exterior. “É projeto de mais longo prazo, porque o mercado externo ainda está ruim. Mas é um processo importante atémesmo para valorizar as marcas diante do público interno”, afirma Donini. A Marisol mantém uma loja própria da Rosa Chá em Nova York e uma da Lilica Ripilica em Milão, além de 19 franquias de suasmarcas fora do país. No caso da Rosa Chá, afirma o empresário, Nova York foi escolhida por representar bem o espírito da marca. “É jovem e descontraída”, diz. Porém, a Lilica Ripilica está na Itália não só por causa do público. Em Milão ocorre a maior feira mundial de moda infantil, daí a necessidade de ter visibilidade no local.
Reforço com calçados
Para o público infantil, o grupo oferece ainda as linhas de calçados, que, só em2009 garantiram vendas de R$ 80 milhões. A entrada no segmento de bebês, em 2008 com o lançamento da Babysol, também representou importante avanço eliminando a última fronteira da Marisol em confecções. A empresa agora atende a públicos de todas as idades. “Criamos a Babysol para um público de 0 a 6 anos.” Alémdas roupas, a loja da Babysol também oferece produtos e acessórios de outras marcas para puericultura.
AQUISIÇÃO BABYSOL
A Marisol anunciou ontem a compra do restante das ações da Babysol. A empresa que detinha 50% da antiga Bluepink começa 2010 colocando em prática seus planos de crescimento. O valor da aquisição não foi informado, mas Donini afirma que a estratégia da empresa é aumentar o número de lojas da rede Babysol.
Veículo: Brasil Econômico