Mídias sociais mudam as regras da propaganda

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Advento da internet alterou o perfil do consumidor nos últimos anos.

 

A publicidade tem passado por modificações significativas no mercado brasileiro. Com a ascensão das novas mídias e com a mudança de postura dos consumidores, que deixaram de ser agentes passivos e se tornaram mais participativos e exigentes, tem sido necessário alterar a forma de fazer propaganda. É o que acredita o diretor da agência New 360, João Delpino, que há 20 anos trabalha no ramo.

 

Segundo ele, o setor de comunicação sofreu transformações consideráveis e deixou de ser unilateral para se tornar uma via de mão dupla. "Os anúncios de revista e comerciais de televisão e rádio têm, hoje, novos concorrentes, entre eles as redes sociais. Hoje, há uma exigência enorme do consumidor usuário de Twitter, Orkut, entre outros", explicou.

 

De acordo com Delpino, a tendência é de que essas mudanças na publicidade sejam ainda mais aceleradas. Para ele, a propaganda ainda é uma ferramenta de estimulação ao consumo, mas hoje interfere menos do que há 10 anos. "Atualmente, os produtos - em geral - possuem padrões semelhantes. Daí a importância da divulgação", considerou.

 

A diretora de planejamento e criação da agência Lápis Raro, Carla Madeira, também acredita na influência da propaganda no ato da compra. Segundo ela, a publicidade é responsável por organizar as escolhas, já que as pessoas estão diante de uma vasta opção de itens similares e o que passa a valer é o relacionamento com a marca.

 

"A relação da empresa com o consumidor continua sendo importante, independente das ferramentas que se usa. A internet trabalha de forma mais interativa, mas acredito na coexistência entre as mídias como forma de potencialização do meio", afirmou.

 

A professora e psicanalista da Associação Internacional de Psicanálise (IPA), Eliane de Andrade, considera que as novas mídias criaram mais um canal em que se pode fazer comunicação. Entretanto, a forma de fazer propaganda continua sendo a mesma. "O bom publicitário é aquele que consegue perceber os desejos da comunidade onde vive e revela isso de maneira criativa. Ele capta as aspirações das pessoas e por isso será bem-sucedido", observou.

 

Segundo Eliane Andrade, atualmente existe um excesso de mídias e como muitas delas são criadas rapidamente, não conseguem atingir o objetivo de atuação e acabam sendo descartadas. "A televisão e o rádio continuam sendo os melhores meios de comunicação para se alcançar a massa", explicou.

 

Para a doutora em sociologia e também publicitária Luciana de Oliveira, existem pontos positivos e negativos envolvidos nos caminhos da publicidade. De acordo com ela, houve uma mudança no modo de trabalhar das agências que, além de pensarem nas mídias convencionais, não podem descartar as mídias alternativas.

 

"A produção de conteúdo ficou mais próxima das pessoas, que podem produzir blogs e estar nas redes sociais. Essa abertura de mercado cria uma maior competitividade entre os produtos que precisam atender, ainda mais as necessidades do consumidor", revelou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG

 


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