Eletroeletrônicos têm recuperação de vendas

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Demanda do setor ainda não atingiu os níveis pré-crise financeira.

 

Mesmo com o aquecimento da economia registrado em diversos setores da indústria mineira, os negócios do setor de eletroeletrônicos no Estado ainda não atingiram os patamares pré-crise. A informação é do presidente da regional de Minas Gerais da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Ailton Ricaldoni Lobo.

 

No entanto, já é possível perceber uma melhora na demanda e a previsão da Abinee é que o setor em Minas se recupere dos índices negativos de vendas do exercício anterior. Para se ter uma ideia, somente no primeiro bimestre de 2010 foi possível perceber incremento de aproximadamente 10% nos negócios frente ao mesmo período do ano passado.

 

Com isso, segundo Lobo, no acumulado do ano o segmento poderá apresentar crescimento de até 11% em relação a 2009. Este resultado é esperado tanto para o setor em âmbito nacional quanto para Minas Gerais. "O desempenho do Estado geralmente acompanha o do restante do país", disse.

 

Os números representam uma média entre as diversas subdivisões que o segmento possui. Porém, algumas áreas têm conseguido se sair melhor no período pós-crise, chegando inclusive a registrar crescimento no ano passado. Este é o caso, por exemplo, de microcomputadores e aparelhos celulares - este último pertencente à subdivisão de telecomunicações -, que não são fabricados em Minas.

 

Com o consumo em alta, conforme o presidente da regional da Abinee, a previsão é de que, ao final de 2010, estas áreas apresentem incremento de 17% e 21%, respectativamente, na comparação com o exercício anterior.

 

Além disso, de acordo com Lobo, a demanda por parte do setor de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que possui grande representatividade em Minas Gerais, também tem contribuído para o aquecimento da indústria de eletroeletrônicos. "Hoje o Estado recebe muitos investimentos na área de geração e transmissão de energia e o nosso setor fabrica produtos para abastecer essas PCHs, como painéis de controle, geradores, entre outros", disse sem revelar maiores detalhes.

 

No ano passado, a indústria nacional de eletroeletrônicos apresentou retração de cerca de 7% nos negócios em relação a 2008. Com a queda, o setor, que havia movimentado R$ 7,386 bilhões naquele exercício, chegou a R$ 6,869 bilhões em 2009.

 

Exportações - Em relação aos embarques dos itens fabricados em Minas, Lobo informou que as exportações correspondem a cerca de 20% de toda a produção do Estado. Segundo ele, os principais destinos dos produtos são os países da América Latina e da África. Para o acumulado do ano, o presidente preferiu não fazer previsões em relação ao mercado externo. "Apesar de o câmbio não afetar tão negativamente os eletroeletrônicos, pode ser arriscado fazer projeções, devido à variação.  preciso aguardar", ponderou.

 

Ele explicou que o setor não é afetado diretamente pela variação do câmbio, uma vez que realiza importações de insumos com cotações favoráveis. "Trata-se de uma espécie de compensação, pois conseguimos comprar a matéria-prima com um preço mais baixo também. No entanto, não deixa de ser desfavorável, já que perdemos competitividade", completou.

 

No mercado interno, São Paulo é o principal responsável pelos negócios do segmento, detendo de 35% a 40% das vendas. Minas Gerais vem logo em seguida, com 12%.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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