A maior fusão entre grupos do varejo dos últimos anos pode parar nos tribunais, caso a família Klein (Casas Bahia) e o Grupo Pão de Açúcar (GPA) -Companhia Brasileira de Distribuição, do empresário Abílio Diniz e da francesa Casino- não cheguem a um acordo por meio de uma suposta renegociação. Fontes de mercado procuradas pelo DCI dão conta de que o negócio está em renegociação, por parte dos sócios. Ambas as varejistas discutem as novas bases dos contratos da associação por iniciativa da família Klein, que contratou renomados escritórios de advocacia.
Para especialistas em direito de fusões e aquisições ouvidos pela reportagem, a arbitragem pode ser a melhor maneira para desenrolar o suposto mal-estar entre a família Klein e a de Abílio Diniz sem prejuízo para os negócios.
Segundo Roberto Belluzzo, sócio do escritório jurídico Lino, Beraldi, Bueno e Belluzzo Advogados (LBBB), de São Paulo, em situações como a de Casas Bahia e Grupo Pão de Açúcar é preciso ver como foram negociadas as bases contratuais. "É preciso ver se no acordo eles deixaram espaço para revogação, mas acredito que, se existir mesmo alguma coisa, é mais para equilibrar pequenas questões, não para uma rescisão", diz. A reportagem procurou a Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar, mas não teve resposta até o fechamento desta edição.
A maior fusão entre empresas do varejo brasileiro -Casas Bahia e Grupo Pão de Açúcar- pode ir aos tribunais, dizem fontes do mercado. O problema acontece, supostamente, por discordâncias entre as partes.
Veículo: DCI