BIC aumenta projeção de faturamento para 2012

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Meta traçada em 2008, de R$ 740 mi, é revista com aumento de poder de compra

 

Em 2008, a BIC, fabricante da caneta mais famosa do mundo, definiu que duplicaria, até 2012, seu faturamento de R$ 370 milhões no Brasil. Agora, no meio do percurso rumo aos R$ 740 milhões, o uruguaio Horacio Balseiro, diretor-geral da BIC Brasil, acredita que superará a meta definida há dois anos. Nesta semana, o executivo que fica baseado em São Paulo segue para a fábrica de Manaus (AM), a única entre as 30 do grupo no mundo a produzir todos os itens, para avaliar a capacidade instalada de cada linha e definir os próximos investimentos que fará na unidade.

 

Na linha de produção dos aparelhos de barbear e depilar de três lâminas, da chamada família BIC Comfort 3, a produção já chegou aos 100% da capacidade instalada, o que tem obrigado a operação brasileira a recusar os pedidos advindos de outras subsidiárias na América Latina. Para manter a concentração no mercado interno, a solução foi redirecionar a demanda dos outros países para a fábrica de barbeadores da BIC na Grécia.

 

Argentina e Chile, dois países que ainda estão sendo atendidos pela fábrica de Manaus, devem ser informados em breve de que deverão fazer pedidos para a Grécia. “Não temos mais condições de atender o mercado externo. Vamos nos concentrar na alta demanda do mercado interno”, explica Balseiro.

 

Seu objetivo é duplicar a produção brasileira dos barbeadores de três lâminas, que atualmente é de 32 milhões de unidades por ano. Para tanto, ela comprou uma nova máquina de montagem francesa que custou R$ 5 milhões e chegará em novembro.

 

O investimento está diretamente relacionado ao crescimento do segmento de três lâminas no país, que foi de 35% no ano passado contra os 12% da categoria como umtodo. Só a BIC avançou 38% na tecnologia de várias lâminas em 2009.

 

Como a categoria de barbeadores é a mais representativa no faturamento da BIC — ela responde por 40% do volume de vendas — e também a que mais cresce frente a todas as outras linhas de produtos, a fabricante estuda mais inovações. No próximo ano, ela poderá lançar a tecnologia de quatro lâminas no Brasil.

 

A segunda categoria mais importante para a BIC Brasil é a de papelaria, que responde por 35% do faturamento, seguida pela de acendedores, que fica com
os 25% restantes.

 

Vice-líder
Entre os 160 países emque atua, o Brasil ocupa hoje o segundo lugar em faturamento, perdendo apenas para os Estados Unidos. Da receita global de € 1,5 bilhão em 2009, o país abocanhou 10%.

 

A diferença percentual entre o primeiro e o segundo lugar supera os dez pontos. Este motivo é forte o suficiente para Balseiro não ambicionar, pelo menos no médio prazo, a liderança.

 

Nos últimos quatro anos, a BIC Brasil cresceu acima de dois dígitos anualmente. Não foi só a receita que subiu. O lucro líquido também avançou 33% no ano passado.

 

No primeiro quadrimestre deste ano, o faturamento da empresa cresceu 17% em relação ao mesmo período de 2009. Para ampliar sua força no país, Balseiro não descarta a aquisição de uma empresa nacional que possa trazer sinergia ao negócio. “Ela tem que ser de uma categoria próxima ou usar o mesmo canal de distribuição”, afirma o executivo.



Fabricante passa a vender pilhas

 

Entrada na categoria deve trazer mais sinergia à BIC na distribuição e no ponto de venda

 

Esta é aquela típica pegadinha que todo professor de economia gosta de fazer em sala de aula. Qual o negócio da BIC? De supetão, qualquer um responderia que é vender canetas, aparelhos de barbear e isqueiros. Ao observar o universo da produção em escala e a extensão geográfica do Brasil — a BIC está em 275 mil pontos de venda —, uma análise um pouco mais aprofundada deixa claro que o negócio da empresa é logística.

 

Esta é aquela típica pegadinha que todo professor de economia gosta de fazer em sala de aula. Qual o negócio da BIC? De supetão, qualquer um responderia que é vender canetas, aparelhos de barbear e isqueiros. Ao observar o universo da produção em escala e a extensão geográfica do Brasil — a BIC está em 275 mil pontos de venda —, uma análise um pouco mais aprofundada deixa claro que o negócio da empresa é logística.

 

Com esta sinergia logística, a empresa deve reduzir custos e ampliar seu lucro operacional, o que permitirá que ela seja mais agressiva no quesito preço. Some a isso o prestígio da marca, que já é muito conhecida do consumidor brasileiro por conta das linhas de canetas, lapiseiras e também isqueiros.

 

Atualmente, as regiões Norte e Nordeste são as quemais crescem na categoria de isqueiros, cujo market share da empresa no país é de 78%. As pilhas, por sua vez, compartilharão dos mesmos caminhos para entrega e pontos de pontos de vendas. “Considerando o primeiro quadrimestre desse ano, o crescimento em faturamento nas duas regiões foi, respectivamente, de 52% e 62%”, revela Balseiro.

 

Em isqueiros, vale lembrar, as regiões são estratégicas para a BIC porque apenas 10% dos domicílios utilizam o acendimento do fogão. Isso estimula a venda de fósforos e é justamente com este tipo de produto que a BIC quer brigar.

 

“Nosso isqueiro básico custa R$ 3 no Nordeste e acende três mil vezes, o que representa 75 caixas de fósforos, que saem a R$ 15”, diz.

 

Veículo: Brasil Econômico

 

 

 

 

 


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