Hoje reconhecida como maior transportadora de vidro do Brasil, a Grecco, localizada em Mauá tem muito do que se orgulhar e se prepara para novos saltos neste mercado, segmentado e altamente competitivo, principalmente quando o assunto é logística. Atuando há 43 anos, a Grecco chega com pujança no mercado, atendendo empresas fabricantes de vidros e suas diversas formas, empresas do setor químico e petroquímico, siderurgia, automotivas, montadoras e demais segmentos. “A empresa nasceu aqui em Mauá, pelo esforço da família Grecco. É uma empresa familiar, hoje com quatro acionistas. Desenvolveu a técnica de carregar vidro na época, que era feita em caixas, chapas como se diz tecnicamente. Era um carregamento manual. Então para carregar um caminhão eram necessárias dez pessoas”, observa Andréa Carla Fernandez, diretora administrativa.
A partir de 1998, a Grecco iniciou a expansão de seus serviços atendendo ao Pólo Petroquímico instalado nas cidades de Mauá, Duque de Caxias-RJ e Camaçari-BA. “A partir dessa abertura para o mercado, percebemos que as empresas necessitavam de outras soluções, como armazenagem e distribuição dos produtos e matérias-primas fabricadas e resolvemos investir no segmento logístico” diz a diretora. A diretora adianta que a empresa mantém um transporte intenso de autopeças entre Brasil e Argentina. No segmento a empresa tem projetos para desenvolver no Mercosul, em outras áreas da América Latina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Chile, mas isso deve ficar ainda para 2012. “A indústria automotiva para Buenos Aires é um dos clientes principais da empresa hoje. Nosso vinculo com o Brasil e a Argentina tem um transporte bem intenso de autopeças”, adianta a diretora.
O poder de investimento da transportadora inclui filiais que foram estrategicamente inauguradas nas cidades de Jacareí-SP, Caçapava-SP, Barra Velha-SC, Cubatão-SP, Pindamonhangaba- SP, Ipatinga-MG, Belo Horizonte-MG, Rio de Janeiro-RJ, Utinga, Camaçari-BA, Uruguaiana-RS e Canoas-RS, com o objetivo de melhor atender o mercado. Antecipando as mudanças, em 2002, a Grecco passou para a nova sede de 190 mil m2 , com 60 mil m2 destinados aos serviços logísticos como armazenagem, distribuição e crossdocking, que gera maior agilidade no atendimento da clientela, pela transportadora A empresa deu um salto de 350% no faturamento, o que tem impulsionado o investimento continuo em tecnologia de ponta, como a implantação de ERP, além do pacote tecnológico já existente, que inclui gerenciamento de frota, caminhões rastreados via satélite através do sistema Omnilink.
Hoje a Grecco possui uma frota de aproximadamente 400 veículos entre caminhões e carretas (próprios e agregados). Além do crescimento no faturamento e na frota, impulsionado pelo novo foco de negócio, a Grecco também dobrou o número de seus funcionários contratados no mesmo período, o que mostra na empresa uma confiança muito grande neste novo desafio. Sem dúvida, o diferencial competitivo da Grecco está nos serviços prestados aos clientes. “Oferecemos o produto e serviço certos na hora certa com a melhor qualidade e menor custo” garante Andréa. Neste novo desafio, a Grecco conta com um processo totalmente harmônico devido ao planejamento e visão estratégica dos sócios e executivos da empresa. “Sabemos que a satisfação de nossos clientes hoje não garantirá a mesma satisfação amanhã. Portanto praticamos diariamente a melhoria da qualidade e construímos assim uma ferramenta poderosa de aferição da satisfação de nossos serviços junto aos nossos clientes” salienta Andréa. O que motivou o crescimento da Grecco nestes últimos anos foram os grandes investimentos realizados na região e a procura por armazenagem e transportes. A região é próspera, e a Grecco está a 300 metros do Rodoanel – lado sul, o que facilitará muito para as empresas da região em 2010.
Os investimentos da Grecco nestes últimos dois anos estão voltados a este mercado, com licenças para o transporte especial de produtos químicos perigosos, como o SASSMAQ, além de aquisições de novas carretas IN LOADERS para o transporte de vidros, para 2010, a empresa investirá em dois novos armazéns na sua matriz, em Mauá, o que aumentará em 20 mil m2 a disponibilidade para logistica. Historicamente, a partir de junho de 2008 a Grecco iniciou o transporte internacional, com filiais em Buenos Aires, Mendoza e Córdoba e prevê investimentos em torno de 30% do faturamento em ampliação da frota, rastreamento via satélite, treinamento de pessoal e abertura de mais filiais no Brasil. A Grecco possui hoje uma carteira de clientes desenvolvida ao longo destes anos de atuação, através de pessoal treinado aliado a alta tecnologia, pontualidade e preços competitivos, como Quattor, Usiminas, Cabot, Firestone, Autometal, Panalpina, Cibié, Pegeout, Denso, Sullair, Navicon, Magneti Marelli, Cebrace, Saint-Gobain, Chevron Oronite, Pilkington, Basell, todas com projetos específicos à sua necessidade. “O meio da logística é bem movimentado, dependemos dos motoristas, estradas e nem sempre encontramos as condições ideais. A tecnologia ajuda bastante desde o monitoramento via satélite, até o sistema de faturamento. Infelizmente a falta de estrutura das estradas no Brasil as vezes atrapalha. Fora do eixo Sudeste/Sul, encontramos várias dificuldades. As estradas são esburacadas. Fora do Estado enfrentamos falta de estrutura, até com os autopostos”, analisa a diretora.
Segundo a diretora Andréa, a especialidade do transporte químico é muito importante, porque exige uma certificação específica, que precisa passar por um processo minucioso de qualidade de meio ambiente, de segurança ambiental. “Então estamos muito focados, por que as exigências da ABIQUIM (Associação Brasileira das Indústrias Químicas) são extremamente severas. A empresa não transporta se não tiver equipamento completo de segurança, se o motorista não for treinado dentro das normas, com cursos especializados. A Grecco foi a primeira empresa que trouxe para o Brasil um equipamento pioneiro de fabricação alemã que permite fazer uma carga de 24 toneladas em 4 minutos”, observa. Qualidade é palavra chave e o caminho do sucesso que corta as estradas, garantindo a liderança do segmento para o ABC.
Veículo: Revista Livre Mercado