Com perspectiva de produzir 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano, a Eldorado do Brasil, união da JFN (Grupo JBS) e MLC, do empresário Mário Celso Lopes, já nasce com a possibilidade de ser ampliada mais duas vezes, o que poderá acontecer num prazo de cinco anos após o início de operação, marcada para o segundo semestre de 2012, segundo Lopes.
O investimento para a instalação da primeira linha de produção, cuja pedra fundamental será lançada hoje na cidade de Três Lagoas (MS), vai consumir R$ 4,8 bilhões, sendo R$ 1 bilhão de capital próprio, R$ 2,7 bilhões em financiamentos do BNDES e outro R$ 1 bilhão que deve ser captado com bancos internacionais. Segundo os investidores, a fábrica deve ser responsável pela produção de 20% das exportações de celulose do País. A produção vai para Ásia, EUA e Europa.
Segundo Lopes, a empresa vai oferecer 8 mil empregos diretos e indiretos durante sua construção, numa área de 900 hectares. Após a conclusão, serão necessárias 350 pessoas para a operação da fábrica, e serão gerados outros 1,7 mil empregos indiretos.
Uma das novidades é que a empresa, ao contrário das outras do setor, não terá administração verticalizada. Setenta por cento da matéria-prima a ser usada pela empresa será fornecida por produtores parceiros. "Hoje, já temos 70 produtores parceiros em seis municípios de Mato Grosso do Sul, que plantam uma média de 130 hectares por dia de eucaliptos", disse. Serão usados 210 mil hectares para a produção da fábrica, ou 30 mil hectares por ano. A empresa já possui 40 mil hectares de florestas plantadas.
Lopes revelou que a união entre a VCP e Aracruz, que criou a Fibria, acabou ajudando, por colocar no mercado pessoal especializado. "Podem dizer que a Eldorado é uma novata, mas os funcionários não são. Esse pessoal foi disponibilizado com a fusão e agora eles estão aqui na Eldorado", disse. São 40 profissionais, entre técnicos e diretores.
Veículo: O Estado de S.Paulo