A Yoggi nasceu há dois anos com a meta de ser a maior rede de frozens do Brasil. Com 72 lojas pelas capitais, enfrenta, contudo, a concorrência crescente de novas bandeiras no mesmo nicho. E, vamos combinar, que sorvete de iogurte não é a sobremesa mais popular do país. A estratégia encontrada pela Yoggi para tornar seu produto mais atraente para o consumidor final é a abertura de lojas no modelo self-service. A resistência ao frozen é vencida quando o cliente pode agregar caldas e complementos, exatamente como funcionavam as sorveterias nos anos 90. A diferença é que mesmo com os agregados, a base é mais light.
A primeira unidade desse tipo será inaugurada no centro do Rio na próxima semana. Segundo Bruno Grossman, sócio-diretor da Yoggi, o objetivo é ter oito self-services, além de mais dez lojas "convencionais", com balcão e vendedores. A expectativa até o fim do ano é atingir o faturamento de R$ 96 milhões e dobrar o total em 2011. A rede tem três lojas próprias, todas no Rio, que funcionam também como escolas para o treinamento de novos funcionários. As outras são todas franquias, que ele pretende multiplicar pelos shoppings. Para acompanhar o aumento de pontos de venda, a capacidade de produção também vai crescer. "A Yoggi tem como base um único produto, o frozen. Isso pode deixar a empresa bastante vulnerável. Preciso garantir a entrega a todas as lojas, por isso nós mesmos cuidamos da produção." Hoje, a fabricação está concentrada no bairro do Rocha, na zona norte do Rio. O espaço tem capacidade instalada de 50 toneladas por mês, mas produz 20.
No fim de julho, a Yoggi muda sua base e vai levar a produção para uma nova fábrica na região de Dois Rios, na qual investiu R$ 1,5 milhão. Lá, a capacidade de produção é de 60 toneladas/mês - já de olho no aumento do consumo no verão. Grossman conta que apesar de o período ser o mais importante para a empresa, o frozen não é tão sazonal quanto um sorvete. "No inverno, o consumo de frozen diminui apenas 10%, bem menos do que acontece com sorvetes, que é normalmente associado à refrescância em dias quentes. O frozen está mais ligado a uma alternativa saudável de doce." A meta da empresa, que tem 45% de participação de Alexandre Accioly e Bernardinho, da A!BodyTech, e Luciano Huck, é ter 300 lojas até o fim de 2013.
Veículo: Valor Econômico