O segundo semestre das vendas de varejo deste ano vem impulsionado por um crescimento, em maio, de 10,2% em relação ao mesmo período do ano passado, levando o acumulado de 2010 a uma expansão de 11,5% sobre os primeiros cinco meses de 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a consultoria de serviços voltados a varejo GS&MD Gouvêa de Souza, as projeções deste semestre devem se manter em torno de 10% no segmento. "A alta dos juros e a própria base de comparação mais forte farão com que o varejo deva crescer moderadamente nos próximos meses. O setor terá uma expansão de 10%, bem acima da do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, com destaque para os bens duráveis. É importante ressaltar que a alta da Selic de 0,75 no fim de abril influenciou pouco o desempenho do varejo", afirma o sócio da consultoria, Luiz Goes.
Segundo o IBGE, o volume comercializado no varejo subiu 1,4% no mês de maio, em que as vendas no País foram impulsionadas pela Copa do Mundo e pelo Dia das Mães , depois de caírem 3,1% em abril, conforme dados corrigidos pelo instituto.
"Foi mais um mês de crescimento de dois dígitos nas vendas, refletindo a melhoria das condições macroeconômicas do País, com maior volume de crédito, juros mais baixos, aumento da renda da população, confiança do consumidor em alta, e fortemente influenciado pela proximidade da Copa", comenta Goes.
Desempenho
O resultado do varejo brasileiro ficou mais uma vez acima do desempenho das principais economias do mundo. Nos EUA, as vendas do varejo cresceram 6,5% na comparação com as de maio de 2009, enquanto em países da zona do euro houve alta de 0,6% em relação ao ano passado. As vendas de móveis e eletrodomésticos seguem com alta de 19,5% em maio, depois de subirem 22,4% em abril. Com as desonerações ampliadas até o fim do ano, as vendas de material de construção continuam em alta. Ante abril, o volume comercializado no varejo cresceu 2,4%; ante maio de 2009, elevou-se 19,9%.
Veículo: DCI