O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) suspendeu a campanha "verde" da Bombril, na qual a lã de aço aparece como um produto ambientalmente correto. O conselho acolheu recurso da 3M e da Bettanin, que disseram que tiveram a imagem afetada. A campanha "Bombril dá de 1001 a zero nos inimigos da natureza", da W/ McCann, custou R$ 30 milhões.
Na campanha, o garoto-propaganda Carlos Moreno compara a lã de aço às esponjas sintéticas: diz que a lã vira ferrugem e desaparece na natureza, enquanto a esponja dura anos para se decompor.
A decisão do Conar não entra no mérito se o Bombril é ecológico ou não. Ela está diretamente ligada ao tratamento dispensado aos concorrentes.
O diretor de marketing da Bombril, Marcos Scaldelai, diz que vai recorrer e defende o caráter verde do produto.
Em nota, a 3M afirma que decidiu recorrer ao Conar por achar que a campanha da Bombril "pode denegrir e afetar a reputação e os negócios dos fabricantes de esponjas para limpeza doméstica, atingindo a credibilidade do produto no mercado com informações de caráter subjetivo, sem qualquer comprovação".
Veículo: Folha de S.Paulo