Entre os alimentos, um dos destaques em termos de alta de preços na capital mineira em setembro, conforme o levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado ontem, foi o limão. A variação passou de 68,51% para 72,37%.
A refeição em restaurante continuou pesando no bolso do belo-horizontino, porém com uma variação menor na comparação com a semana anterior. A elevação passou de 1,09% para 0,99%.
Nesse mesmo intervalo, as bijuterias em geral ficaram mais caras. A variação saltou de 4,05% para 4,98%. Outra alta verificada pela FGV foi a da blusa feminina (4,13%), enquanto que na semana anterior foi verificada queda de 0,21%. O plano de saúde manteve o mesmo aumento da semana anterior (0,57%).
Para o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, André Braz, a mudança de coleção foi um dos fatores que interferiu no resultado do vestuário. "A aceleração foi verificada não apenas em Belo Horizonte, mas em todas as cidades analisadas", disse. A variação passou de 0,23% para 0,89%.
Em termos de queda, o mamão da Amazônia (papaya), foi um dos destaques, segundo a Fundação Getúlio Vargas, passando de -5,46% para -14,15%. A cenoura manteve a queda, porém bem mais expressiva, saltando de -0,51% para -8,68%.
A batata-inglesa continuou a trajetória de recuo nos preços. A queda foi de 22,31% contra -26,55% da semana anterior. A cebola também registrou retração na última semana de setembro, passando de -6% para - 21,16%. O belo-horizontino também pagou menos pelo leite longa vida. O recuo foi de 4,09%, enquanto que na semana anterior foi de -2,86%.
Braz afirmou que, apesar do momento de incerteza no cenário internacional e das oscilações da moeda norte-americana, a trajetória da inflação não deve ser alterada, pelo menos, até as duas primeiras semanas de outubro. "Para o câmbio começar a impactar os preços é necessário que o dólar se mantenha alto por pelo menos dois meses. Há ainda que considerar a concorrência que interfere na formação dos preços", observou. (JG)
Veículo: Diário do Comércio - MG