A indústria têxtil brasileira entrou em novo alerta, diante do crescente ingresso de produtos estrangeiros, vindos principalmente da Ásia, e este será um dos assuntos mais discutidos na Feira Brasileira para a Indústria Têxtil, que começará, hoje, em Blumenau (SC), organizada pela empresa gaúcha Fcem, e irá até o dia 13. O déficit da balança comercial do setor têxtil e de confecção duplicou nos primeiros cinco meses de 2010. O saldo negativo foi de US$ 1,15 bilhão, nos cinco meses, significando 108% a mais em relação a igual período do ano passado. O resultado advém de importações de US$ 1,88 bilhão contra exportações de US$ 730,30 milhões de janeiro a maio.
Os industriais e empresários estão preocupados com a crescente perda de competitividade da produção brasileira, provocada pelos altos juros e elevados impostos, ambos acima da média internacional, e pela valorização do real em relação ao dólar. Os dez maiores fornecedores – China, Índia, Indonésia, Estados Unidos, Argentinas, Taiwan, Coreia do Sul, Bangladesh,Alemanha e Tailândia -, com exceção dos Estados Unidos e Alemanha, têm juros menores, crédito mais acessível, incentivos à exportação e câmbio favorável, comparado com o Brasil. Na Febratex, há industriais de todo o País e todos dizem que “é preciso estar alerta para o risco gerado pela imensa vantagem competitiva de concorrentes internacionais”.
Veículo: Jornal do Comércio - RS