Disparada da venda de carros dá novo impulso aos postos

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Com os recentes recordes de vendas de veículos, junto ao aparecimento de uma classe emergente de consumidores, as redes de postos de combustível se preparam para a alta demanda de vendas e miram em expansão e fusões. A rede Shell, que possui 2.800 postos em todo o País, inaugurou 120 pontos-de-venda até julho. Segundo informações da empresa, até o final deste ano devem se abertos de 180 a 200 postos de combustível com a bandeira da empresa.

 

A marca, que não descarta a possibilidade de que isso aconteça por meio de aquisições, afirma que no ano passado foram inaugurados 147 estabelecimentos com sua bandeira. Para 2010 a marca pretende crescer em 1 bilhão de litros de combustível vendidos, o que significa 12,5% a mais com relação ao resultado de 2009, quando o faturamento foi de R$ 24,4 bilhões.

 

Na bandeira de postos Ale, a ideia é expandir ao investir este ano R$ 80 milhões no segmento, quando almejam abrir 150 postos para alcançar faturamento de R$ 7,7 bilhões, cerca de R$ 7 milhões a mais do que no ano passado. Em entrevista ao DCI, o presidente da Ale, Marcelo Alecrim, afirma que isso faz parte do planejamento da empresa. "Sempre trabalhamos para capitalizar nos detalhes e otimizar os custos dos processos ", enfatizou Alecrim.

 

Atualmente a Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes Ale possui 1.700 postos em 22 estados no País. Por mês, a empresa comercializa 350 milhões de litros de combustível a 5 mil clientes. A Ale já firmou parceria com a Chevron para a comercialização e distribuição de lubrificantes e aditivos. Até o fim de 2010, a meta é comercializar 5,5 milhões de litros de lubrificantes e gerar negócios da ordem de R$ 44 milhões. Além disso, um dos destaques deste ano na empresa foi a criação do AleCompras, site de comércio eletrônico da Ale em parceria com a rede supermercadista Walmart.

 

Em 2008, a Ale adquiriu os 327 postos da multinacional Repsol no Brasil e concluiu a aquisição da distribuidora catarinense Polipetro, com 130 postos. Esses negócios aceleraram os planos da companhia de em 2012 atingir faturamento de R$ 8,1 bilhões e ter uma rede de 2.500 postos. No ano passado, a companhia conquistou 131 novos postos. O volume de vendas cresceu 16% em relação ao de 2008, chegando a 350 milhões de litros de combustível por mês. As vendas cresceram 33,3% em relação às de 2008.

 

A distribuidora de combustível Rede de Postos da Petrobras Distribuidora, da bandeira BR, se mantém líder no mercado com 46,4%, segundo dados de 2009 do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom). Por se manter na posição, a Petrobras cresceu 13,84% (878 postos), alcançando um total de 7.221 postos.

 

Segundo o gerente de Marketing da rede Petrobras, Renato Marques de Oliveira, o mercado é competitivo e para nele se manter deve-se estar atento. "O mercado de combustíveis apresenta um cenário de permanente competitividade, e precisamos sempre nos antecipar às tendências", alertou o gerente. Neste ano, a marca Petrobras investirá cerca de R$ 110 milhões em diferentes ações de marketing.

 

Conforme o assessor econômico da Fecomércio Fábio Pina, a tendência de compras se mantém e as fortes ficam no mercado. "O mercado é e deve ficar monopolizado pelas redes atuais, principalmente com o problema de adulteração: o consumidor vai comprar de quem ele conhece."

 

Na visão do Sindicom, em 2009 os postos BR tinham a liderança do mercado (46,4%), seguidos dos postos Ipiranga (18,6%), Shell (15,6%). As bandeiras Esso, Texaco, Ale e Sarba dividem o restante.

 

O segmento de postos de combustível no mercado brasileiro soma hoje mais de 37 mil postos de serviços. O faturamento do setor é estimado em R$ 192 bilhões.

 

Adulteração de combustível

 

A alta da venda de automóveis impulsionou a abertura de novos postos de gasolina e gerou maior concorrência, principalmente dos "bandeirados", um fator positivo, segundo os distribuidores, porque diminui a venda de combustível adulterado, explica o sindicato do setor.

 

A Petrobras Distribuidora, por exemplo, mantém o programa "De Olho no Combustível", que representa uma garantia de que o combustível vendido nos postos da rede não é adulterado. A Shell segue a mesma opinião do Sindicom: entende que o aumento da venda de veículos afeta diretamente o mercado de varejo e aposta nos "bandeirados".

 

Diante dos recordes de vendas de veículos e do aparecimento de uma classe emergente de consumidores, as redes de postos de combustível se preparam para brigar esquina por esquina com a oferta de venda de combustíveis e para disputar espaço com a líder, Petrobras. A Shell, que possui 2.800 postos no País, acaba de inaugurar 120 pontos, e até o final deste ano devem ser abertos mais 200 postos de sua bandeira. A rede não descarta fazer aquisições para incrementar o faturamento do ano passado, de R$ 24,4 bilhões.

 

Os postos Ale aplicarão este ano R$ 80 milhões ao abrir 150 unidades para alcançar o faturamento de R$ 7,7 bilhões, cerca de R$ 7 milhões a mais que o do ano passado. Marcelo Alecrim, presidente da Ale, afirma que isso faz parte do planejamento da empresa. "Sempre trabalhamos para capitalizar nos detalhes e otimizar os custos dos processos." Um destaque da marca este ano foi a criação do AleCompras, site de comércio eletrônico.

 


Veículo: DCI


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