Vidros para economia expandida

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A fabricante Santa Marina, do grupo francês Saint Gobain, encerra produção de duas marcas de utilidades domésticas de vidro e centraliza tudo na Marinex. Haverá mudanças nos produtos, nas embalagens e nos pontos de venda. Além de ser a novidade da empresa 

 

Aos 114 anos, a Santa Marina, fabricante de utilidades domésticas de vidro, anuncia uma "repaginação", para renovar e oferecer praticidade ao consumidor. A companhia está de olho nas vendas de Natal.

 

O plano engloba uma renovação na estratégia de negócios e um investimento no reposicionamento das marcas Marinex, Duralex e Colorex. O projeto vai ganhar investimento, neste ano, de R$ 3 milhões, que contempla também novidades na embalagem, matéria-prima – tipos de vidro – mídia, e proporcionará novo visual nos pontos de venda. Os recursos financeiros são próprios.

 

"Uma pesquisa feita pela Nielsen neste ano mostrou que 95% dos lares brasileiros possuem pelo menos um produto da empresa. São pessoas que gostam das linhas da Santa Marina, mas estão em busca de novidade", diz o presidente da companhia, Denis Simonin. Segundo ele, todas as classes sociais consomem os itens da empresa, mas o público-alvo são as mulheres acima de 25 anos de idade, das classes B e C. "As pessoas ficavam confusas – muita gente achava que as marcas da empresa pertenciam a grupos diferentes. A Duralex e a Colorex não serão descartadas. Porém, a destinação delas será decidida nos próximos meses."

 

As mudanças são as seguintes: toda a linha da Santa Marina terá o nome Marinex, em três divisões – forno, mesa e cozinha. Um selo, em cada um dos produtos, vai mostrar qual é a utilidade dele, dependendo do vidro: refratário, temperado, por exemplo, e se podem ser usados no forno, freezer, micro-ondas, ou geladeira.

 

As cores, nas embalagens, também farão uma "separação", para oferecer praticidade ao consumidor. O Marinex Forno é composto por assadeiras, formas e terrinas para assar e terá cor vermelha. A linha Mesa apresentará a cor azul: pratos, copos, xícaras, canecas, travessas e jarras. Já as peças de cozinha serão vendidas com a cor verde, em potes de armazenamento e acessórios para preparar alimentos, assadeiras com tampas plásticas, potes de mantimentos e jarras medidoras. 

 

Concorrência – No Brasil, o maior concorrente da Santa Marina, em utilidades domésticas de vidro, é a Nadir Figueiredo. No ano passado, a empresa registrou um faturamento bruto de R$ 250 milhões. A expectativa é a de que esse número, em 2010, seja 5% maior.

 

Para o presidente da Santa Marina, o maior problema enfrentado hoje é o câmbio, pois 40% da produção é exportada, principalmente para os países da América Latina, Leste Europeu, África e China – o que vai na contramão da tendência, pois representantes de vários setores da economia brasileira reclamam da concorrência chinesa. "Os chineses são grandes apreciadores dos produtos da Santa Marina. O reposicionamento será positivo também para as vendas externas. A partir de agora, com o uso de Marinex, a companhia poderá negociar com os países por meio de uma única embalagem e comunicação global", afirma Simonin.

 

A Santa Marina produz 150 milhões de peças por ano. De acordo com Simonin, o segmento de utilidades domésticas de vidro movimenta aproximadamente R$ 1 bilhão no Brasil. A empresa é responsável por 30% desse montante. A Santa Marina pertence ao grupo francês Saint-Gobain, e responde por cerca de 10% do faturamento da multinacional.
 


Veículo: Diário do Comércio - SP


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