Brinquedo certo evita dor de cabeça

Leia em 4min

Comprar presentes para a idade correta da criança aumenta a chance de agradar, mas os especialistas alertam: produtos de camelôs ou ‘piratas’ podem trazer risco à segurança de meninos e meninas

 

Brinquedo certo para a idade certa. Apesar de óbvio, é muito comum que os adultos errem na escolha do produto quando se metem a adivinhar o gosto das crianças. O JT preparou algumas dicas para você escolher o brinquedo que mais combina com quem você quer presentear nesse Dia da Criança, comemorado em 12 de outubro.

 

O primeiro passo, dizem os especialistas, é verificar a que faixa etária aquele produto se destina - informação que deve estar sempre estampada na caixa do brinquedo. “O pai não pode achar que seu filho é mais inteligente que os demais e resolver dar um brinquedo voltado a crianças mais velhas”, afirma Synésio Batista da Costa, presidente da Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

 

“O desenvolvimento da criança passa por várias etapas. É muito importante que ela cumpra todas elas, sem pular nenhuma, caso contrário irá sentir falta desse aprendizado no futuro”, alerta Costa.

 

Depois, chega a hora de observar mais a fundo o comportamento da criança. “É importante que o adulto note se a criança é mais ativa ou mais concentrada, por exemplo, para não escolher um brinquedo que a deixe entediada ou, ao contrário, que a faça se sentir pouco desafiada”, diz a professora Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora da Brinquedoteca da Faculdade de Educação da PUC-SP. A recomendação é analisar os gostos, os interesses e as limitações da criança. “Brinquedos mais interativos, que deixam a criança exercer sua criatividade, tendem a agradar mais.”

 

Por fim, é importante se ater às informações de segurança do brinquedo. Costa, da Abrinq, recomenda que os adultos sempre confiram se o produto traz o selo do Inmetro. “Sem o selo, o produto tem grandes chances de trazer problemas à criança. Fuja também dos vendedores ambulantes e da pirataria. Além de ser perigoso para a criança, se houver defeito, você nem sequer terá a quem reclamar.”

 

FAÇA A MELHOR ESCOLHA

 

Para as crianças com menos de 18 meses de vida, o ideal é presentear com brinquedos de várias texturas, que estimulam os sentidos da visão, da audição e do tato
De um ano e meio a 3 anos, é preciso estimular o desenvolvimento corporal da criança. Brinquedos de montar e desmontar mais complicados, blocos de tamanhos e formas diferentes, jogos e quebra-cabeças são adequados
As crianças que têm entre 3 e 6 anos gostam de desempenhar papel de adulto e criar situações fantasiosas. Nesta idade, bonecos e jogos que trabalhem com a imaginação e a criatividade são ideais
Dos 6 aos 9 anos, a criança deve aprender a conviver em sociedade. Portanto, jogos para brincar em grupo podem ajudar no desenvolvimento
A partir dos 9 anos, as crianças começam a desenvolver habilidades específicas. Nessa fase, é ainda mais importante observar seus gostos para acertar no presente

 

Quem ganha menos vai gastar mais

 

O consumidor que ganha menos é justamente aquele que vai gastar mais neste Dia da Criança. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) realizou, em setembro, uma sondagem para saber se o consumidor estava disposto a comprar presentes mais caros do que aqueles que adquiriu no ano passado. E constatou que as famílias com renda inferior a R$ 2.100 são as que pretendem gastar mais - elas correspondem a 28,2% dos entrevistados que prometeram destinar mais dinheiro ao presente da criançada em 2008.

 

Em seguida estão os consumidores com renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, 21,07%, e os com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00, 16,3%. A menor expansão foi encontrada entre os consumidores com maiores rendimentos, mais de R$ 9.600,00, apenas 7,3%.

 

A proporção de consumidores que pretendem gastar mais do que no ano anterior subiu de 12,7%, em 2007, para 17,6%, este ano - uma diferença é de 4,9 pontos porcentuais. A porcentagem dos que pretendem gastar menos também cresceu. Passou de 19,8% para 24,9%. A maioria dos consumidores (57,5% dos entrevistados) vai gastar a mesma coisa que gastou em 2007.

 

Os brinquedos são os presentes preferidos por 56,9% dos consumidores. Bonecas (14,4%) e carrinhos (10,9%) mais uma vez aparecem no topo da lista. Os brinquedos educativos ganharam a preferência de 10,4% dos entrevistados e os livros, de 2% dos consumidores.

 

Veículo: Jornal da Tarde


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