Importados estão mais sofisticados neste Natal

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A quatro meses do Natal, as redes supermercadistas estão finalizando as estratégias de compra de importados para a época mais lucrativa para o varejo. Neste ano, as companhias vão trazer itens mais sofisticados, apostando no maior poder de compra e exigência do consumidor.

 

Brinquedos, decoração natalina, bebidas, artigos de cama, mesa e banho com valor agregado mais alto vão estar nas prateleiras dos estabelecimentos em volume maior frente ao ano passado. Em uma grande rede supermercadista, por exemplo, a importação de produtos não-alimentares será 30% maior para a data.

 

O diretor de importações e exportações da rede, Sandro Benelli, diz que entre os itens de destaque estão carrinhos de controle remoto com outras funções e bonecas com mais opções de roupa. "Em outubro mandaremos um gerente à China para ver as novidades para o Natal de 2011", revela.

 

Benelli avalia que, com as condições econômicas mais favoráveis neste ano, muitos produtos ficaram mais acessíveis. Pratos com acabamento diferenciado também estão entre os itens que terão maior variedade.

 

Alimentos - Cada vez mais os consumidores estão comprando itens diferenciados nas lojas. No grupo, a variedade de queijos e frutas secas antes importadas principalmente da França, Itália e Espanha dividem espaço na prateleira com itens de nacionalidade belga e holandesa.

 

O volume de bacalhau, azeite, frutas secas e frescas e vinhos trazidos do Exterior para o fim deste ano crescerá de 15% a 20%, afirma o diretor. A expectativa é de que, neste ano, seja registrada quantidade recorde de importados.

 

De acordo com o presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Sussumu Honda, o setor verificou que houve incremento na venda de itens considerados premium. "Vem ocorrendo migração de produtos mais baratos para os mais caros. Depois dos alimentos, a venda de utensílios domésticos têm crescido bastante."

 

Honda, que também é sócio de uma rede de supermercados, avalia que a valorização do real frente ao dólar é um dos motivos para que as redes comprem mais itens da Ásia, Europa e América do Sul.

 

"Importamos mais artigos têxteis indianos e chineses para o setor de cama, mesa e banho. Quanto aos alimentos, compramos bacalhau e azeitona", conta. Ele destaca que as classes C e D estão entre as que mais impulsionam a venda de produtos sofisticados.

 

Vinhos da Austrália, África do Sul e Nova Zelândia despontam

 

Além dos tradicionais vinhos franceses, espanhóis e portugueses, os estabelecimentos que comercializam a bebida apontam que o brasileiro está diversificando seu gosto ao adquirir também rótulos importados da Austrália, África do Sul e Nova Zelândia, entre outros.

 

Segundo o proprietário de uma adega em Santo André, Alexandre Gonçalves, produtores que não tinham grande espaço no mercado nacional agora estão sendo procurados pelos clientes. "A receptividade para marcas não tradicionais aumentou. Por isso, elevamos o sortimento de bebidas no fim de ano para atender às exigências dos clientes."

 

Além dos vinhos, queijos e cervejas importados também registram boa procura. O empresário diz que para o Natal e Ano Novo encomendará em maior quantidade a cerveja belga Deus, cuja garrafa custa entre R$ 250 e R$ 300.

 

O diretor de importações e exportações de uma grande rede supermercadista, Sandro Benelli, endossa que vinhos fabricados na Oceania e África estão na mira da rede para as próximas compras.

 


Veículo: Diário do Grande ABC


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