Demanda de cloro e soda faz Produquímica ampliar aporte

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Para atender a demanda de soda e cloro do mercado brasileiro, a Produquímica investe para aumentar a capacidade de sua fábrica em Pernambuco. "O principal aporte será na ampliação da área desses produtos em Igarassu, com investimento de R$ 40 milhões em 2011", diz o presidente da Produquímica, Gerhard Schultz. Segundo ele, hoje o Brasil precisa importar parte desses produtos, pois a capacidade local não atende à demanda total do País, que é de 1 milhão de toneladas por ano, uma vez que a fabricação local gira em torno de 800 mil toneladas.

 

A soda e o cloro têm larga utilização no mercado brasileiro. "São nossos clientes a Sabesp e a Petrobras, por exemplo", afirma o executivo da empresa.

 

Os insumos são utilizados nas indústrias de higiene e limpeza, têxtil, de alumínio e de papel e celulose. "Com o crescimento do País e com investimentos nestes segmentos, haverá um crescimento da demanda do cloro e da soda", diz Schultz.

 

A Produquímica também está ampliando os seus investimentos na produção de insumos utilizados na perfuração de poços de petróleo. "O mercado de petróleo tem mostrado uma expansão significativa nos nossos negócios", explica o presidente da Produquímica. Segundo ele, os negócios com a estatal de petróleo e com fornecedores da Petrobras fecharam 2009 totalizando R$ 5 milhões. A perspectiva é que esse ano as vendas tripliquem e a empresa atinja a receita de R$ 15 milhões neste segmento. "Em 2010, os negócios com o segmento já totalizam R$ 8 milhões."

 

China

 

O controle acionário da Produquímica foi adquirido há três anos pelo Fundo de Investimentos Artésia, que ficou com 54% de suas ações. "A partir daí, passamos por um processo de profissionalização e adequação à governança corporativa", afirma o executivo. Segundo ele, a empresa já está preparados para abrir capital.

 

A Produquímica afirma que a retomada da economia foi mais intensa do que a empresa esperava inicialmente para 2010. "Mas o mercado aquecido tem muitas vantagens, entre elas a possibilidade de enfrentar a concorrência chinesa, que é muito forte", afirma Schultz.

 

Para o presidente da empresa, a melhor saída contra essa concorrência foi aliar-se aos chineses. "Hoje, temos parcerias na China e importamos alguns produtos daquele país", conta o executivo. O presidente da empresa afirma que só é possível suportar este tipo de concorrência em uma economia em ascensão, como é hoje a do Brasil. "Em um momento de recessão, a concorrência chinesa seria ainda mais agressiva", diz ele.

 

Liderança

 

A Produquímica é líder do setor de micronutrientes, com 65% do mercado nacional. A empresa atua em negócios de nutrição vegetal (fertilizantes), nutrição animal, indústria química, insumo para o processamento de petróleo, usinas de cana, tratamento de água. "Hoje, os produtos para tratamento de água representam 20% do negócio e a Sabesp é o principal cliente", afirma o presidente da empresa. O mercado interno representa cerca de 94% dos negócios.

 

Nos últimos três anos a empresa investiu R$ 150 milhões para acompanhar o crescimento do setor agrícola brasileiro. Os investimentos foram realizados no aumento de capacidade produtiva, nas melhorias de controle de qualidade e ambientais.

 

Além disso, a Produquímica fará um aporte de mais R$ 120 milhões para os próximos dois anos. "Temos linhas de crédito do Banco do Nordeste aprovado, trabalhamos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e temos reinvestimento próprio", diz Schultz.

 

A empresa possui cerca de 1.300 funcionários distribuídos em nove plantas e seu escritório central fica na cidade de São Paulo.

 

O faturamento da empresa em 2009 foi de R$ 520 milhões e a expectativa é fechar 2010 com receita de R$ 620 milhões. Os novos aportes da empresa são em uma unidade de pré-mix de micronutrientes para nutrição animal, e fábrica de quelatos orgânicos aplicados na agricultura, ambos na cidade de Suzano (SP), além de uma unidade de produção de enxofre solúvel em Jacareí(SP) e da ampliação da produção de monóxido de manganês em Varginha (MG), entre outros negócios.

 


Veículo: DCI


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