Baseada no cenário econômico positivo, com crescimento do emprego e da renda dos consumidores, principalmente aqueles integrantes das classes C e D, a rede de eletrodomésticos e eletroeletrônicos Eletrozema, com sede em Araxá, no Alto Paranaíba, vai aumentar em 18% as encomendas para o Natal deste ano, na comparação com os pedidos realizados na mesma época de 2009. De acordo com o diretor-geral da empresa, Romeu Zema, as compras para abastecer as 260 lojas do grupo, instaladas em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Goiás, devem começar a ser feitas neste mês.
Segundo o empresário, o percentual está baseado nos resultados positivos registrados ao longo deste ano, que deve fechar com alta de 22% a 23% no faturamento em relação ao exercício anterior, que apresentou estabilidade ante 2008, em função dos efeitos da crise financeira internacional nas vendas da Eletrozema.
"Devido ao desaquecimento dos negócios, no ano passado ‘tiramos o pé do acelerador’ no que se refere à expansão da empresa. Abrimos somente 17 lojas. Em 2009, tivemos de oito a nove meses ruins", explicou Zema. Para 2010, conforme ele, as previsões são bastante são otimistas, principalmente se forem levados em consideração os resultados acumulados até agosto, com expansão de 26% nas vendas frente igual período do exercício passado.
Além do ambiente econômico favorável, o diretor-geral destacou que o aumento no número de lojas também colaborou para o crescimento dos negócios. Neste ano já foram abertas 17 unidades, mediante investimentos de R$ 8 milhões. E até o final deste exercício serão inauguradas mais 12, espalhadas pelo interior de Minas Gerais e de São Paulo. "No total, os aportes feitos em 2010 devem se aproximar dos R$ 14 milhões", disse o empresário.
Para 2011, de acordo com ele, estão previstos mais 40 pontos de venda, que devem consumir R$ 20 milhões em inversões. "Em média, o gasto para abrir uma loja é de R$ 500 mil", observou. Das atuais 260 unidades, a maioria (200) está localizada no Estado. Segundo o diretor-geral, a Eletrozema não comercializa produtos de luxo, já que o público-alvo são moradores de cidades de pequeno porte - entre 20 mil e 30 mil habitantes - e de faixas mais baixas de renda.
Diante do aumento no número de unidades, os postos de trabalho oferecidos pela rede também cresceram em 2010. "Em média, cada loja emprega 12 pessoas. Nossas unidades são pequenas, mas estamos contratando. E a previsão é encerrar o ano com mais 400 pessoas no nosso quadro de pessoal", ressaltou.
Conforme ele, das 4,150 mil pessoas que trabalham no Grupo Zema - formado ainda pela Zema Cia. de Petróleo, Consórcio Zema, Concessionárias Zema e Zema Fashion - 3,350 mil são funcionários da rede de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, que responde por aproximadamente 40% do faturamento do conglomerado. "A empresa de petróleo é a mais expressiva, com 55% da receita total", disse.
O diretor-geral informou que 75% das vendas são financiadas, boa parte delas por uma instituição ligada ao Bradesco. "O nosso público prefere pagar em dez vezes", explicou. Além disso, há três anos, a Eletrozema oferece crédito consignado. Segundo ele, o dinheiro é emprestado pela Intermedium Financeira, que paga uma comissão à empresa por cada operação realizada.
Veículo: Diário do Comércio - MG