Os reflexos da alta dos preços da farinha de trigo já são notados entre os consumidores do tradicional pãozinho francês, em Santos e nas cidades vizinhas. O Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitarias de Santos e Região apurou que o preço subiu, em média, entre 10 e 15% nas padarias da Baixada Santista.
Em dois estabelecimentos localizados no Marapé, por exemplo,o preçoaumentou. Enquanto em um deles o valor do quilo. que custava R$ 5,99, saltou para R$ 6,49 (8,34%), em outra padaria do mesmo bairro o valor passou de R$ 6,80 para R$ 7,80 (13,04%).
O empresário Márcio Luiz Tavares Correia, da Padaria Marapão, conta que o reajuste em seu estabelecimento ficou abaixo do que ele deveria ter repassado. "Eu preferi absorver um pouco da despesa, para não onerar muito o cliente. Mas vai chegar em um ponto em que a situação ficará insustentável. Cedo ou tarde terei que repassar o aumento integral", lamentou.
Manuel Gomes Portinha, sócio da Padaria Portinari, diz que não encontrou outra opção a não ser repassar o valor integral no preço final. "A farinha aumentou muito de preço por conta do período da chamada entressafra. Não há uma fórmula mágica para solucionar isso".
O presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitarias de Santos e Região, Dialino dos Santos Rosário, explicou que a alta do preço provavelmente permanecerá por cerca de três meses, quando a produção nacional e a importação da farinha devem ser normalizadas. O País ainda não é autossuficiente nesse tipo de produto agrícola.
"Os fabricantes aplicaram reajustes diferenciados. Na média, a farinha ficou cerca de 30% mais cara. O preço do pãozinho deve subir entre 10 e 15% nesse período. Mas, depois, o valor deve baixar para os patamares que vínhamos tendo até então", avaliou o dirigente sindical.
Veículo: A Tribuna de Santos