Por meio da 32ª edição de sua Pesquisa Salarial e de Benefícios, a Catho Online, maior classificados on-line de currículos e empregos da América Latina, estudou as principais diferenças entre os homens e mulheres no mercado de trabalho. A maior constatação feita pelo estudo foi que, apesar da aparente igualdade entre os sexos, os salários entre homens e mulheres ainda continuam diferentes.
Analisando a diferença salarial em cada um dos níveis hierárquicos considerados, nota-se que os homens ganham mais que as mulheres em todos os níveis, com destaque para a gerência, onde eles ganham, em média, 51,6% a mais que as mulheres, seguido do operacional (50,7% mais) e técnico (37,5% mais).
Apesar de ainda ganharem menos que os homens, no quesito escolaridade as mulheres possuem indicativos maiores que os eles: 63,2% das mulheres possuem graduação e pós-graduação, contra 55,3% dos homens. 44,2% são graduadas e 19,5% pós-graduadas, contra 38% e 17,3% dos homens, respectivamente.
"Mesmo as mulheres se preparando tão bem para o mercado de trabalho, elas ainda possuem salários menores. Observamos grandes diferenças salariais tanto para cargos operacionais como gerenciais, ou seja, as diferenças ainda ocorrem de forma expressiva em vários níveis hierárquicos", aponta a gerente da Pesquisa Salarial, Silvana Di Marco.
A 32ª Pesquisa Salarial e de Benefícios foi realizada no período de 1º a 31 de maio deste ano e mais de 164 mil respondentes de mais de 20 mil empresas em 3338 cidades de todo o Brasil participaram. atualizada a cada três meses e traz dados de mais de 1,8 mil cargos, de 214 áreas de atuação profissional e de 48 ramos de atividade econômica, dentro de 21 regiões geográficas do Brasil, além de 7 faixas de faturamento para classificação de porte de empresa. Confira, na tabela da página 17, salários e benefícios referentes a 100 cargos.
Capacitação - Em recente estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou-se que as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho e acumularam mais anos de estudos. Os dados mostram que, nos últimos 10 anos, a participação feminina subiu de 42% para 47,2%.
Mas para se destacar é preciso ter domínio dos termos usados no mundo corporativo, boa parte deles incorporados da língua inglesa, que acabaram se tornando usuais nos corredores das empresas. Segundo pesquisas as mulheres executivas têm preparo educacional e fluência na língua inglesa ligeiramente menor do que os homens, só 40,7% das mulheres nessas funções falam inglês fluentemente, enquanto que, para os homens, o percentual é de 48,6%.
Veículo: Diário do Comércio - MG