Chuva no Sudeste brasileiro derruba café em NY

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Os preços do café iniciaram na semana passada um movimento de queda que ainda não chegou ao fim. Segundo levantamento do Valor Data, os contratos futuros de segunda posição de entrega (geralmente os de maior liquidez) desceram ontem ao nível mais baixo desde agosto deste ano na bolsa de Nova York, depois de cinco dias consecutivos de quedas. As entregas para março de 2011 terminaram o dia valendo US$ 1,743 por libra-peso, retração de 850 pontos (4,65%) em apenas um dia de negócios.

 

A recente desvalorização dos preços é atribuída à melhora nas condições climáticas no Brasil. O longo período de seca abriu espaço para as chuvas que chegaram às principais regiões produtoras do país na semana passada e já estão garantindo a formação das primeiras floradas. Além disso, o pico da entressafra mundial ficou para trás e os cafés da América Central já começam a chegar no mercado.

 

 

"Acredito que ainda exista espaço para quedas. Se o mercado continuar caindo e for abaixo de US$ 1,70 pode haver um novo movimento de vendas mantendo as cotações em uma faixa entre US$ 1,60 e US$ 1,65 por libra-peso", afirma Rodrigo Costa, analista da Newedge em Nova York.

 

Mesmo com a queda acumulada nos últimos dias, os fundamentos para o mercado do café ainda são fortes o suficiente para justificar uma valorização de 26,7% em 2010. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços em Nova York têm alta de 31,4%, entre outros fatores porque a demanda por café no mundo cresce acima da produção global.

 

Um exemplo é o próprio Brasil. No ciclo 2010/11, que acabou de ser colhida, foram produzidas, segundo a (Conab), 47,04 milhões de sacas, para atender a um consumo interno de quase 20 milhões e exportações superiores a 27 milhões de sacas. Para 2011/12, a demanda pelo café brasileiro tende a crescer, mas a oferta pode cair de 15% a 20% devido ao ciclo de baixa da bienalidade da cultura.

 


Veículo: Valor Econômico


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