Negócios no segmento vêm registrando crescimento entre 12% e 15% ao ano.
A comercialização de flores e plantas no Brasil vem registrando um crescimento entre 12% e 15% ao ano, bem acima da média da economia nacional, e deve alcançar R$ 3,8 bilhões em 2010. A previsão é do engenheiro agrônomo e especialista em Inteligência Comercial para a horticultura Antônio Hélio Junqueira, que fez uma análise do cenário e das perspectivas para o segmento de flores e plantas ornamentais no Brasil, durante o Fórum de Floricultura, realizado, na semana passada, pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, na Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN).
Na avaliação de Hélio Junqueira, a floricultura está se tornando um setor cada vez mais pujante, sobretudo devido ao crescimento da comercialização de flores e folhagens de corte, flores envasadas e mudas de plantas destinadas ao paisagismo e à jardinagem.
Do total movimentado no setor, 50% correspondem a esse último segmento, aquecido pela área de construção civil, com o surgimento de novos condomínios e prédios. Outro viés do crescimento do setor é o planejamento urbano em cidades que serão sede da Copa do Mundo em 2014, como é o caso de Natal (RN).
A região Sudeste é a maior produtora de flores e plantas, seguida do Sul e do Nordeste brasileiro. O Estado de São Paulo detém 60% do valor comercializado no País. Em segundo lugar vem o Estado de Minas Gerais, com concentra sua produção em Barbacena, no Campos das Vertentes, seguido pelo Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Junqueira lembra que a floricultura exige investimentos em tecnologia por ter uma produção com foco no mercado. O produtor tem que produzir para atender ao mercado em datas específicas. "Tem que se programar muito bem para ter o produto naquela data de consumo. Para isso, é necessário usar tecnologia de irrigação e sombreamento, além de procurar cultivar as variedades certas", ensina.
Potencial - O Brasil tem um grande potencial de crescimento na floricultura. Enquanto nos países europeus se consomem em média U$ 70 a U$ 100 per capita por ano, no país o valor não passa de U$ 11 per capita, devido à falta de hábito de consumo.
Hélio Junqueira ressaltou que a tendência é que a produção do Nordeste atenda aos polos regionais com as flores tropicais, plantas envasadas, como hortênsia e zínia.
No segmento de paisagismo há um grande potencial para se utilizar cactos, palmeiras, abacaxis ornamentais, bromélias, orquídeas nativas, antúrios, plantas aptadas às condições climáticas e de solo do Nordeste.
Veículo: Diário do Comércio - MG