O aumento da temperatura está movimentando a venda de aparelhos de ar condicionado, ventiladores e circuladores de ar. Nas empresas especializadas em vendas e manutenção de aparelhos de ar-condicionado, a expectativa é que com a chegada do verão as vendas fiquem ainda mais aquecidas.
Para o diretor da empresa Jan Engenharia de Ar Condicionado Ltda, Joel Ayres da Motta, o tempo quente influencia diretamente nas vendas. "O desempenho das nossas vendas no varejo está diretamente ligado à alta da temperatura. Começando o calor é dada a largada para a corrida das compras de aparelhos de ar-condicionado. Com isso, acredito em um aumento nas vendas entre 50 e 100% com relação ao restante do ano. Vai depender da temperatura", disse referindo-se às vendas para residências.
Com relação ao último verão, ele acredita em um crescimento na casa de 20% nas vendas da empresa. "A economia está mais aquecida. Além disso, as residências, frutos do boom imobiliário, começam a ficar prontas e as pessoas estão fazendo questão de confortos como o ar-condicionado", observou.
As expectativas também são grandes na empresa Arcongel Refrigeração Soares Ltda. Para atender à demanda esperada, a empresa já está aumentando as encomendas de aparelhos.
"Estamos reforçando o estoque para poder atender bem aos clientes durante o verão. O calor tem aumentado a cada ano e quando o tempo esquenta as vendas são certas", afirmou o diretor da empresa, José Costa de Faria.
Ele disse que, durante os outros períodos do ano, é mais comum vender para empresas, porém no final do ano essas vendas caem e aumenta a procura de pessoas interessadas em instalar o aparelho de ar-condicionado nas residências.
"Historicamente, o mês de outubro é um mês de chuvas e tempo quente, com isso as vendas costumam ser muito boas. Como neste ano o tempo está instável ainda não percebemos um aumento na demanda. Por isso, nossas expectativas maiores são para os meses de novembro, fevereiro e março", disse Faria.
Na empresa Rear Refrigeração Máquinas, Manutenção e Motores Ltda, o aumento na procura já está sendo percebido. "Tivemos um aumento na demanda no último mês. Com isso, esperamos vender 60% a mais no verão se comprarmos com o restante do ano", informou o gerente de compras, Sidney dos Santos Bernardes.
Segundo ele, as vendas também foram boas no período do inverno. "Vendemos 30% a mais que no mesmo período de 2009. Várias empresas estavam com falta de aparelhos de ar-condicionado em estoque, enquanto nós tínhamos de pronta entrega. Acredito que isso motivou o aumento", explicou Bernardes.
No grupo Orlando, do qual fazem parte as empresas Orlando Service Ltda. e Lojas Orlando Ltda. o aumento na procura tem acontecido tanto no setor de vendas quanto na área de manutenção.
"Desde o final de setembro sentimos um aumento na demanda por manutenção, compras e instalação. Pessoas que possuem o aparelho de ar-condicionado estão se preparando para o verão, com isso solicitam os nossos serviços para a realização de limpezas e manutenção em geral", disse o coordenador de manutenção da empresa, Bruno Quaresma.
Segundo ele, as expectativas são de faturamento ainda maior entre janeiro e março. "Mas como é um produto extremamente sazonal é difícil estabelecer números", explicou Quaresma.
Ele afirmou que o inverno desse ano também foi bom para a empresa. "Alguns setores, como hospitalar e farmacêutico, estão sendo obrigados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a instalar aparelhos de ar-condicionado, com isso as vendas cresceram muito", observou.
O grupo Orlando atende, principalmente, a indústrias e residências das classes A e B. "Durante o inverno é comum a demanda de indústrias, no período do verão aumenta a procura para residências", concluiu Quaresma.
Ventiladores - Na Furacão Indústria e Comércio de Ventiladores Ltda. (Furacão Ventiladores) as expectativas são de vender o dobro de unidades do último verão. Porém, Paulo Leandro Coelho, supervisor de vendas da empresa, é ponderado ao tratar de um produto tão sazonal.
"Nossas vendas estão diretamente ligadas ao aumento da temperatura, por isso é difícil afirmar se nossas vendas vão aumentar ou diminuir com relação ao último verão, que foi um período muito bom", afirmou.
Coelho disse que o ano de 2010 não tem sido bom para os negócios da empresa. No início do ano, as expectativas eram de aumento de 30% na receita em comparação com 2009, mas essa meta ainda não foi alcançada.
"Para chegarmos a esse número será necessário uma temperatura muito alta durante os meses de novembro e dezembro, mas é difícil contarmos com isso", ponderou.
Coelho disse que as vendas de exaustores foram boas durante os meses de julho e agosto. "O tempo estava muito seco, o que favoreceu as vendas", explicou. No momento, o produto que tem apresentado melhor desempenho é o climatizador. "O público mineiro está conhecendo os climatizadores e suas vantagens, o que está impulsionando as vendas", afirmou.
Veículo: Diário do Comércio - MG