Condor expande para ganhar mercado no sul

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O presidente do grupo paranaense Condor, Joanir Zonta, que começou em 1974, tem um plano de expansão que já começa em 2011.A rede está em 11° lugar no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e está atrás apenas do grupo catarinense Angeloni, que teve um faturamento em 2009 de cerca de R$ 1,5 bilhão. O grupo almeja que no ano em que o Brasil for sede da Copa do Mundo, 2014, ele atinja a meta de um faturamento de R$ 2 bilhões e fique entre as 10 maiores redes supermercadistas do Brasil.

 

A rede paranaense de hipermercados Condor faturou no ano passado R$ 1,438 bilhão. Este ano tem o objetivo de aumentar este número em 20%.

 

A rede também prevê inaugurar oito pontos-de-venda no mínimo até o ano em que a Copa do Mundo acontecerá no Brasil, e para isso deve investir cerca de R$ 80 milhões anualmente.

 

"Vamos inaugurar dois hipermercados e um supermercado já no primeiro semestre de 2011. Nós estamos estudando a possibilidade de levarmos nossos serviços para outros estados brasileiros; entretanto, o foco ainda é consolidar cada vez mais a nossa marca no Paraná", enfatizou Zonta. Ele também afirma que o objetivo disso tudo é conseguir ganhar espaço no mercado e estar entre as Dez Mais da Abras. Sem sócio, com três filhos que o auxiliam a tomar conta dos negócios e tendo como base de crescimento uma parte dos recursos próprios -e a outra financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) e cujo prazo médio de pagamento é de oito anos-, ele ainda quer inaugurar duas lojas por ano até o ano da Copa do Mundo no Brasil, além das reformulações dos pontos-de-venda existentes.

 

Atualmente a Condor atende mensalmente a mais de dois milhões de clientes e possui 12 pontos-de-venda no Paraná, distribuídos em 11 cidades e com 6.800 colaboradores. Ainda em 2010 está prevista a inauguração de mais um hipermercado em Curitiba, que vai totalizar o investimento planejado de mais de R$ 80 milhões este ano, o mesmo valor investido no ano passado.

 

Hoje a rede possui 13 hipermercados e 16 supermercados distribuídos pelo Estado do Paraná, nas cidades de Curitiba, Apucarana, Araucária, Campo Largo, Fazenda Rio Grande, Lapa, Londrina, Maringá, Paranaguá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais, além de duas centrais de distribuição. Hoje os hipermercados respondem por 65% do faturamento da rede.

 

Quando lhe foi perguntado da possibilidade de vender a rede, o proprietário foi enfático e bem-humorado." Não, muito obrigado; mas se alguém quiser vender uma pequena rede dentro ou fora do estado em que eu atuo, pode me procurar. E, claro, tudo depende do preço", salientou.

 

As lojas no interior do Paraná e na capital lembram shopping centers, pois, além da área de compra de produtos alimentícios, bazar, açougue e eletrodomésticos, alguns dos pontos localizados no interior do estado fazem as vezes de um mall que algumas cidades não possuem.

 

"Um exemplo é o hipermercado de Paranaguá, que está a 91 quilômetros da capital e que possui farmácia, lojas de suvenires, e duas salas de cinema que inclusive são o único local público para assistir a filmes que a cidade tem, para ver filmes que estão nas capitais", explicou.

 

Nova loja

 

No mês passado, a marca já deu uma prévia de como deve ser daqui para a frente, e inaugurou mais uma loja em Curitiba. O ponto possui um sortimento de 30 mil produtos, setor de adega e eletro. Foram aplicados R$ 500 mil na infraestrutura externa, como asfalto, calçamento, passeio, paisagismo e semáforos.

 

No centro da loja está localizada a adega, com vinhos e espumantes de diversos países, expostos em gôndolas especiais que valorizam o produto e facilitam a escolha. "Temos trabalhado muito bem a seção de vinhos, pois este segmento passou a ser alvo de consumo também da classe C, graças a seu maior poder de compra e à existência de ótimos vinhos a preços acessíveis", explicou o proprietário. A loja também tem uma panificadora.

 

História

 

Com 36 anos completados este mês, a rede Condor deu início às suas atividades em 1974, quando o proprietário, que na época tinha apenas 22 anos, empregou seu dinheiro e ainda tomou emprestado outro tanto de seu pai e de seus irmãos para comprar à vista as instalações e o estoque de um pequeno mercado que estava à venda no bairro do Pinheirinho . Zonta contava com uma equipe de apenas 5 funcionários na loja, que se situava na Avenida Winston Churchill n. 2515.

 

Com mudanças feitas na linha de produtos, no sistema de trabalho e nas ações promocionais, em apenas quatro meses a loja já havia conseguido triplicar o faturamento.

 

Logo após conseguiu comprar um lote ao lado da loja e construir uma obra com 440m², sendo a metade deles de loja. Na época, um mercado no bairro do Portão havia fechado e Zonta comprou suas instalações.

 

No ano de 1976, a loja dobrou de tamanho e logo novamente ficou pequena demais.

 

Em 1977, o empresário tentou comprar terrenos vizinhos, mas não foi possível. Joanir visitou as lojas de Curitiba para definir layout e arquitetura.

 

Em janeiro de 1978, iniciou-se a construção do imóvel para área de venda e o restante para depósito, açougue, padaria e confeitaria. Em outubro daquele ano, inaugurava a nova loja na Avenida Winston Churchill, na sua cidade natal. " No começo era só uma forma de aumentar a renda. Hoje tornou-se uma conquista", emocionou-se ao contar.

 

Veículo: DCI

 


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