Nutritex aposta no aumento do consumo

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A participação das classes C, D e E - com rendimento familiar inferior a R$ 2,040 mil (quatro salários mínimos) - no mercado consumidor, que representam 65% dos lares brasileiros e movimentam R$ 512 bilhões por ano, tem despertado a atenção da Firenzi Alimentos Ltda (Nutritex), fabricante de massas frescas instalada em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Certa do aumento da demanda proveniente dessa camada da população, a empresa prevê para este ano uma expansão de 15% na receita na comparação com o resultado de 2009.

 

Diante da forte demanda do mercado nacional, motivada pela alta no consumo das famílias brasileiras, a Nutritex vai investir, até o fim de 2010, R$ 600 mil, com capital próprio, no aumento da capacidade produtiva e na aquisição de novas máquinas e equipamentos.

 

De acordo com o sócio-proprietário da empresa, Lúcio Nei Teixeira, se as perspectivas de negócios forem efetivadas, o volume de produção deverá aumentar em cerca de 30%, passando de 85 toneladas/mês, para 900 toneladas mensais. A capacidade instalada da indústria de Contagem não foi divulgada.

 

"Além de aumentar a capacidade de produção, vamos ampliar a nossa linha de produtos, atualmente em 12 itens. No decorrer do exercício, faremos muitos lançamentos e, portanto, a estimativa é fechar o ano com um portfólio de 22 opções para os nossos clientes", ressaltou.

 

O número de empregados da Nutritex também deverá acompanhar o crescimento dos negócios da empresa. Entre efetivos diretos e indiretos, são gerados 83 postos de trabalho. Porém, disse ele, se o volume de pedidos continuar crescendo em ritmo acelerado, a expectativa é de que haja um incremento de 20% na equipe a partir do próximo exercício.

 

Mão de obra - Na avaliação de Teixeira, o principal gargalo para o crescimento da empresa é a falta de mão de obra especializada no mercado. Segundo ele, assim como ocorre na construção civil, o setor alimentício também sofre escassez de profissionais qualificados. "Para sanar esse problema, a solução é treinar os próprios colaboradores", justificou.

 

Em razão de ser mineira, o Estado absorve 80% da produção anual da empresa, sendo o restante bastante pulverizado nos demais estado da região Sudeste. Questionado sobre a possibilidade de expandir as operações para outros estados do país, o empresário foi pessimista. "O principal entrave enfrentado pela empresa é a dificuldade de competir com os preços das mercadorias produzidas no Rio, ainda muito abaixo dos valores praticados pelas empresas de Minas e que, por isso, conquistaram mercado rapidamente. A carga tributária que incide sobre o setor alimentício em Minas é muito alta. A expectativa é que essa realidade se modifique em 2011", justificou.

 

A planta de Contagem, que possui uma área construída de 1,2 mil metros quadrados, está instalada em um terreno de 2,250 mil metros quadrados. Por enquanto, segundo ele, ainda não há necessidade de nova unidade fabril. "A despeito do excelente momento do setor alimentício no país, vamos aguardar a chegada do próximo ano para saber se a demanda continuará aquecida como vem ocorrendo desde o segundo semestre de 2009, quando a crise financeira perdeu força no país", observou.

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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